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Acusado de atirar na namorada e sequestrar o pai vai à júri popular em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

O principal suspeito de atirar em Kelly Cristina Hawerroth, 24 anos, irá a júri popular. O crime aconteceu em julho do ano passado, em uma residência localizada no Jardim das Violetas. A data do julgamento ainda não foi definida. Após atingir a jovem no tórax, o suspeito ainda teria feito o próprio pai de refém, durante a fuga. O jovem, de 25 anos acabou preso e encaminhado para o presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”.

Em julgamento, o réu responderá por tentativa de homicídio, com quatro qualificadoras: motivo torpe, perigo comum, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher por razões de gênero (violência doméstica). Em caso de condenação, a pena também poderá ser aumentada em até um terço, uma vez que o crime teria sido cometido na presença da mãe da vítima. O acusado ainda responderá pelo sequestro do pai.

Em depoimento, a vítima afirmou que teve um relacionamento com o suspeito e que ele não aceitava o término, passando a “imaginar coisas” e “importuná-la com frequência, querendo sempre saber onde estava”. Segundo sua versão, no dia 17 de julho, o rapaz foi até a residência e pediu para falar com ela. A vítima disse que sem “falar nada”, e nem mesmo descer da motocicleta, o réu atirou e, em seguida, fugiu. Consta no depoimento que o projétil  bateu no portão da casa e, na sequência, acertou próximo ao coração e ao pulmão da vítima.

O acusado, por outro lado, justificou que disparou o revólver sem querer. Ele alegou, em depoimento, que, “no calor das emoções”, sacou a arma apenas para “dar um susto na vítima”, após ver mensagens no celular dela. O homem afirmou ainda que estava sob efeito de entorpecente e se arrependeu do que fez. Ainda declarou que chamou o pai para se entregar na delegacia, contudo, no caminho foram interceptados pela Polícia Militar. Admitiu também que portava uma faca, mas garantiu que não havia ameaçado o pai.

Em alegações finais no processo, a defesa pediu a impronúncia do suspeito, para que não fosse a júri popular. Ainda solicitou a desclassificação do crime de tentativa de homicídio para lesão corporal ou afastamento das qualificadoras. Os pedidos não foram aceitos pela juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, que manteve os termos da denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE). Ela também negou a soltura do réu.

Ainda cabe recurso contra a decisão.

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