Prefeito em exercício, Sebastião Gonçalves (PR), o Tião da Zaeli, dedicou a segunda-feira, no seu quarto dia à frente do Paço Couto Magalhães, a contornar os enfrentamentos contra a administração. Na manhã de ontem, representantes do movimento "Acorda, Várzea Grande" coordenaram protesto em frente à prefeitura, pedindo mudanças urgentes na forma de gerir a cidade. Em resposta, ele prometeu abdicar do cargo caso não consiga, no prazo de 120 dias, imprimir a marca de uma gestão inovadora, que atenda prioridades como nas áreas de infraestrutura e da educação. Zaeli anunciou ainda mudanças no staff, com nomes que deverão ser definidos na próxima semana.
Formado por integrantes de segmentos como a Rede de Educação Cidadã (Recid), o movimento tenta chamar a atenção das autoridades competentes para um cenário marcado por uma administração deficiente. O manifesto cobrou da prefeitura posição sobre questões como as condições do setor de infraestrutura, saúde, educação e transporte além de outros pontos, como saneamento básico. Diante do exposto, se solidarizou aos pleitos, admitindo o caos no município.
O gestor se prontificou a se esforçar para atender as reivindicações e assegurou promover alterações no quadro estrutural com o objetivo de melhorar o desempenho da prefeitura. "Se no prazo estipulado eu não conseguir mudar ou promover o mínimo de melhorias para a cidade eu deixo a prefeitura. Como gestor vou honrar o cargo ou não tem sentido ficar aqui". Ele confirmou ainda a quitação salarial de aproximadamente 400 funcionários, referente ao mês de março, garantida por meio de decreto publicado ontem.
Comissão – Presidente da Comissão Processante, o vereador Fábio Saad (PTC) disse que termina hoje o prazo dado ao prefeito afastado, Murilo Domingos e o gestor em exercício, Sebastião Gonçalves, para apresentação da defesa na nova fase de investigações. O prefeito protocolou na tarde de ontem pedido de informações sobre a defesa, já que teria siso apenas "notificado".