A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou hoje a redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, decidida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A CNI considera "prematura e equivocada" a redução no ritmo de abrandamento da política monetária.
Em nota, o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, afirma que a crise financeira internacional não foi superada e cobrou um corte "mais expressivo" nos juros. Segundo ele, a produção industrial estão abaixo do verificado no ano passado.
"Além disso, o comportamento dos preços no atacado, com a observância de taxas negativas nos últimos meses, claramente permite a manutenção de uma política monetária mais agressiva", defendeu o presidente da CNI.
Armando Monteiro Neto afirma ainda que a desvalorização do dólar frente ao real também justifica maior "ajuste" nos juros. "A taxa Selic real mantém-se próxima a 5% ao ano, o que é muito elevada para os padrões mundiais de uma economia deflacionária. Esse diferencial provoca a entrada de recursos externos de curto prazo que favorece a valorização excessiva do real", disse.