sexta-feira, 26/abril/2024
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Maggi descarta alarmismo de Estado inviável com quebra de agronegócio

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O governador Blairo Maggi sinalizou, mais uma vez, durante uma feira na região Sul, de que o agronegócio de Mato Grosso tem todas as condições de se sustentar como atividade econômica forte e descartou a análise de tensão de que o Estado possa ser inviabilizado. O governador listou argumentos internalizados no Governo de que um pouco das diferenças para o crescimento do agronegócio está em projetos combinados da chegada dos trilhos da Brasil Ferrovia em Rondonópolis, da pavimentação da BR-163, entre Cuiabá e Santarém (PA), da liberação da Hidrovia Paraguai-Paraná e de melhoria de outras rodovias federais e estaduais em Mato Grosso.

“Precisamos separar os problemas que existem. Não dá para dizer que é generalizado. Temos regiões que colheram bem e venderam bem. Não é essa situação alarmista de que tudo está ruim”, afirmou, durante entrevista coletiva, ao final da tarde desta quinta-feira (21.04), no gabinete montado no Parque de Exposições “Wilmar Peres de Farias”. “Mato Grosso não é nada inviável. Isso já aconteceu outras vezes. Em 1979, quando cheguei aqui com meu pai, produzíamos 13 sacas por hectare, depois 30 sacas, passamos um bom tempo com produção de 40 sacas. Hoje, estamos com 52 sacas por hectare, com ajuda de tecnologia”, assinalou, sobre a experiência própria de sojicultor e as adversidades enfrentadas com custos de produção e comercialização.

Blairo Maggi chegou a fazer a alegoria de que, na realidade, com o patrimônio acumulado, há 30 e 20 anos, os migrantes vindos do Sul estão em melhores condições em que chegaram a Mato Grosso. “Se a bala vem por cima, nós abaixamos”, destacou refrão de música gaúcha. “É só olhar essa gauchada que veio para cá e chegou de mãos para trás. Hoje, tem capital bem posicionado, com ativos. Você quebra e vai sair do processo. Agora, não é um caso individualizado, mas ninguém vai quebrar o Estado”, enumerou vantagens comparativas do setor maiores que obstáculos superados.

Ao projetar o desempenho do segmento, o governador citou que a chamada quebra atual dos negócios já era visível há dois ou três anos, na medida em que houve grande demanda por commodities e preços crescente. O momento atual, explicou, é o estouro da bolha de crescimento, mas está aliado à disposição de investimento em maquinários e no custeio da produção. “Há dois anos, fiz alerta aos produtores. O maquinário subiu 50%, o calcário aumentou, houve um sobrepreço. Era evidente que isso ia acontecer”, disse.

O posicionamento de alerta e controles mais rígidos de aplicação de recursos não ficou apenas na esfera da iniciativa privada. Na gestão do Governo, Maggi fez contingenciamento no ano passado e neste ano e tem citado, em diversas situações, que é necessário sempre apertar o cinto. O motivo é a desacelaração do agronegócio, motor da economia estadual.

“Já vivenciei isso tantas vezes, nos anos de 1984, 1989 e 1993. Mas, trabalhamos com pé no chão. A perspectiva para o agronegócio de Mato Grosso é ótima: daqui a 10 anos, vamos produzir 40 milhões de toneladas de grãos”, disse.

O governador afirmou que tudo é uma questão de prestar atenção nos fundamentos da economia. É a lei da oferta e da procura e a avaliação do custo-benefício. “No primeiro sopro de alento, os produtores acabam investindo de novo, mais do que se pode suportar”, lamentou a falta de pé-no-chão.

Em sua análise, Maggi reforçou a preocupação de quebra da safra de fato em algumas regiões de Mato Grosso, como no Sul, que abrange parte de Rondonópolis, Guiratinga, Alto Araguaia, Alto Garças e Itiquira, devido à seca. “Há quebra que sabemos de que teremos da média de colheita de 50 a 55 sacas de soja por hectare para 20 sacas ou até a média de 35 sacas por hectare. Os produtores nessas áreas estão fazendo as contas e não vai fechar”, afiançou, sobre a equação custo e retorno de negociação de produtos.

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