Com a impossibilidade de receber dinheiro de empresas para investirem nas campanhas, alguns candidatos e familiares se transformaram nos maiores doadores das próprias candidaturas. Em Mato Grosso, o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), o seu vice, Otaviano Pivetta (PDT), e o senador Wellington Fagundes (PR) são os postulantes ao governo do Estado que usaram o expediente do autofinanciamento.
Wellington Fagundes foi o que mais investiu. De acordo com a prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ele doou R$ 912 mil, do seu patrimônio declarado de R$ 8,9 milhões. A doação representa 36% dos R$ 2,5 milhões arrecadados. A diferença vem do diretório nacional do PR.
Pivetta é o segundo concorrente que mais colocou a mão no bolso. Ele já doou R$ 550 mil para a campanha ao governo do Estado. Na mesma chapa, Mauro Mendes doou 17 mil e a sua esposa, Virgínia Mendes, outros R$ 17 mil.
Na declaração do governador Pedro Taques (PSDB), nem ele nem o vice Rui Prado aparecem como doadores da própria campanha. Da mesma forma, Arthur Nogueira (Rede) e Moisés Franz (Psol) não desembolsaram, oficialmente, dinheiro para a disputa.