Num único dia, o plenário da Câmara dos Deputados livrou da cassação de mandato um deputado e condenou outro. O primeiro foi o deputado Pedro Henry (PP-MT), que teve seu processo arquivado com 255 votos favoráveis, 176 contrários, 20 abstenções e dois em branco.
O deputado Pedro Corrêa (PP-PE) não teve a mesma sorte. O relatório que pedia a cassação do seu mandato foi aprovado com 261 votos a favor, 166 contrários, 19 abstenções e cinco em branco.
Com essa decisão, a Câmara sinalizou que queria provar que não havia nenhum tipo de “acordão” vigorando no plenário. A tese do acordão ganhou força depois do plenário livrar na semana passada, num único dia, os deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP) dos processos que pediam a cassação de seus mandatos.
Nas votações de hoje, o plenário tinha duas situações diferentes a analisar. O relatório de Henry recomendava o arquivamento do processo. Já o relatório contra Corrêa recomendava a cassação do mandato do parlamentar.
Corrêa foi acusado de ter recebido do PT, como presidente do PP, R$ 700 mil por meio do suposto esquema do “valerioduto”. Ele disse que os saques no Banco Rural foram feitos pelo chefe-de-gabinete da liderança do PP, João Cláudio Genu, e que o dinheiro foi gasto no pagamento dos honorários dos advogados que defenderam o ex-deputado Ronivon Santiago (AC).