Um policial civil aposentado preso, esta semana, em Sinop, durante operação da Polícia Civil de Goiás que apura um desvio de carga, teve a prisão revogada pelo juiz Filipe Luis Peruca, da comarca de São Simão (Goiás). Conforme a decisão, o magistrado atendeu o pedido da delegada responsável pela investigação que enviou um ofício apontando que o policial teria sido preso de forma equivocada e que ele não teria envolvimento.
“Isso porque, conforme bem destacado pela delegada de polícia responsável pelas investigações, após o cumprimento das diligências pendentes nestes autos”, menciona o juiz antes de acrescentar o ofício da delegada. “Com as prisões, após aventada a possibilidade de o investigado não ser a pessoa envolvida no delito em apuração, procedeu-se a novas diligências, tendo sido verificado, ao que tudo indica, que pode, de fato, não ser a mesma pessoa envolvida”. “Ante os argumentos trazidos pela autoridade policial, nos termos acima transcritos, entendo de rigor a revogação da segregação cautelar do investigado. Diante do exposto, defiro o pedido formulado pela delegada de polícia no petitório e ao passo que revogo a prisão preventiva do investigado”, decidiu o juiz.
Segundo a defesa do policial, ele pode ter sido supostamente confundido. “Nós temos duas linhas de defesa. Primeiro que os documentos dele foram clonados, devido à profissão dele os documentos estão expostos na internet. A segunda é homônimo, ou seja, a mesma pessoa tem o nome dele. Em busca rápida conseguimos boletins de ocorrências de pessoas do Paraná, de Cuiabá e uma de Lucas do Rio Verde que tem o mesmo nome”, explicou.
A segunda fase da operação Extravio da Polícia Civil de Goiás foi deflagrada na última terça-feira (14), no âmbito da investigação que apura o desvio de uma carga de lubrificantes avaliada em, aproximadamente, R$ 1 milhão, em janeiro deste ano. Em Mato Grosso, além do policial, foi preso um advogado, em Cuiabá.
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