O empresário do ramo de joias, N.R.R., 31 anos, foi indiciado por homicídio doloso, na conclusão do inquérito policial que apurou o assassinato do comerciante José Junior Bispo dos Santos, 20 anos. O crime ocorreu no dia 28 de fevereiro, na avenida dos Trabalhadores, no bairro Planalto.
O inquérito foi enviado à justiça, na última segunda-feira (1º) e o autor, que já está preso desde o dia 15 de maio, teve pedido de conversão da prisão temporária por preventiva. A vítima foi alvejada por seis disparos de arma de fogo, em frente a um bar, não resistindo aos ferimentos e morrendo no local.
De acordo com as investigações, no momento do crime, a vítima estava ingerindo bebida alcoólica, quando foi até seu veículo, estacionado nas proximidades, e lá foi abordada pelo suspeito que efetuou os disparos ela. Em seguida, o suspeito saiu caminhando tranquilamente, tomando rumo ignorado. Em buscas no local, policiais encontraram três projeteis da arma utilizada pelo criminoso, identificada como um revólver calibre 38.
Em diligências coordenadas pelo delegado Antônio Carlos de Araújo foi realizado a oitiva de diversas testemunhas, incluindo uma que presenciou o crime e apontou o acusado como autor dos disparos contra o comerciante. Segundo as testemunhas, uma pessoa ainda não identifica teria auxiliado o suspeito na ação criminosa.
Com base nas informações, Araújo representou pelo mandado de prisão do suspeito, que foi expedido no último dia 13 de maio, pela 12ª Vara Criminal da Capital. O acusado teve o mandado cumprido em seu comércio, na rua Antônio João, no centro da capital, não esboçando qualquer reação na presença dos policiais.
Em interrogatório, na ocasião de sua prisão, apesar de várias provas contra ele, o empresário silenciou-se com relação a autoria, porém, dias depois, declarou aos investigadores que esteve no bar em janeiro, onde a vítima José Junior trabalhava e lá discutiu com a vítima por lhe ter servido uma cerveja "quente".
O acusado também contou que na data do crime foi até o bar e lá encontrou a vítima, que começou a tirar uma "casquinha", ou seja, lhe provocar, dizendo que iria matá-lo, indo em direção ao carro dela. O suspeito pensando que a vítima iria pegar uma arma para cumprir o prometido, levantou e sacou sua arma e fez vários disparos contra a vítima.