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Pacto sinistro

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Alexandre Garcia

Em 23 de agosto de 1939, os ministros de Relações Exteriores da Alemanha de Hitler e da União Soviética de Stalin – nazistas e comunistas – assinaram o Pacto de Não-Agressão. Uma semana depois, Hitler invadiu a Polônia, sem reação soviética. Cinco anos depois, quando divisões soviéticas se aproximavam de Varsóvia em contra-ofensiva, fizeram um alto para esperar que os alemães liquidassem os poloneses em revolta. Depois, liquidaram os alemães. Dez anos antes do início da II Guerra, o comunista Gramsci, em prisão italiana, escrevia seus cadernos sobre a dominação pelas mentes.

Pois aqui, nesses últimos 30 anos, o pacto do nazismo com o comunismo voltou a ser aplicado, não para destruir a Polônia, mas para destruir o Brasil. E quase conseguiram. O nazismo entrou com a máxima de Goebbels, de que a mentira repetida se torna verdade; e o comunismo contribuiu com os ensinamentos de Gramsci, aplicados no ensino e na informação, para conquistar as mentes, com sectarismo usual de nazistas e comunistas. Meu amigo Paulo Vellinho, com a sabedoria de seus 90 anos, demonstrou que fomos usados como cobaias, num projeto fracassado. Para não ficarem expostos como fracassados, sabotam as soluções, como se não tivessem pátria. E, efetivamente, nazistas e comunistas tinham o mesmo projeto cosmopolita.

A sabotagem, pela pregação do pessimismo e divulgação de um lado único da história tem produzido resultados entre os que dependem das mesmas fontes de informação. Nas manifestações de domingo, muitos foram capazes de negar o que as imagens mostravam. A seita dos que querem fechar o Congresso e o Supremo foi usada  pelos agentes da desinformação. No mundo real, a maciça maioria defendeu as reformas combinadas com 58 milhões de eleitores, onde se inclui o fim do conchavo fisiológico.

Houve político afirmando que povo nas ruas significa perigo para a democracia. E, claro, essa falácia máxima foi para a primeira página. Aliás, no plenário da Câmara, na votação que manteve o COAF no seu ministério de origem, alguns reclamavam dos que, com o celular, transmitiam nas redes sociais o voto de cada um. Não queriam que seus mandantes soubessem de como estavam votando. 

Povo na rua, contra e a favor do governo, é a democracia agindo, funcionando, expressando vontades. As ruas digitais cumprem papel semelhante, agrupando, socializando, agregando vontades e forças, de onde emana todo poder. E são um bom antídoto para a associação Gobbels-Gramsci. Aí, 2G vira passado.

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