O governador Pedro Taques (PSDB) realizou uma rápida reunião com um grupo de dez deputados estaduais, que faz parte da sua base, antes de embarcar em uma viagem aos Estados Unidos, ontem. A conversa girou em torno dos grampos telefônicos ilegais.
Conforme reportagem do MidiaNews, Taques teria afirmado que a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso seria prejudicial neste momento. Ele também voltou a assegurar que não tinha conhecimento dos grampos ilegais, que foram realizados pelo setor de inteligência da Polícia Militar.
Os parlamentares convocados por Taques teriam assumido o compromisso de não apoiar a criação da comissão. O pedido deve ser protocolado em breve pela deputada estadual Janaina Riva (PMDB), uma das vítimas do grampo. O site aponta que a parlamentar já teria cinco assinaturas para a criação da CPI. São necessárias oito, no mínimo.
A denúncia da ilegalidade foi feita pelo ex-secretário de Estado de Segurança Pública e promotor de justiça, Mauro Zaque. Ele disse que ficou sabendo que o setor de inteligência da PM colocou nomes fictícios e os telefones de políticos, advogados, jornalista e outras pessoas em uma lista. Os grampos foram autorizados por um juiz da Comarca de Cáceres.
Zaque alegou que procurou o governador Pedro Taques para denunciar a ilegalidade. Já Taques nega a situação e alega que ficou sabendo da situação na semana passada. A situação ganhou repercussão nacional ao ser exibida no Fantástico, da TV Globo. O governador afirmou ainda que teria sido chantageado pelo ex-secretário para interferir no comando do Ministério Público Estadual.