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Padrasto é preso suspeito de estuprar enteada de 11 anos em Sorriso; mãe é detida

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Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/Lucas Torres/arquivo)

Policiais civis do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual de Sorriso prenderam, ontem, um instrumentador cirúrgico e sua esposa, ambos investigados pelos crimes de estupro de vulnerável e estupro por omissão, respectivamente. O investigado foi preso em frente ao hospital onde trabalha. Já a mãe da vítima trabalha em uma clínica da cidade. As prisões preventivas foram decretadas pelo juízo da comarca do município após a delegacia de Sorriso apurar os crimes praticados contra a enteada do investigado, uma criança de 11 anos.

A Polícia Civil informou que, a denúncia, que chegou ao conhecimento no final de abril, de que o suspeito, de 38 anos, estava abusando sexualmente da menor com o conhecimento e consentimento da mãe da vítima, de 28 anos.

O Conselho Tutelar recebeu a denúncia sobre o crime sexual, apontando, inclusive, que a criança sofria violência sexual e psicológica desde os 8 anos. Ouvida em escuta especializada, a criança relatou os abusos praticados pelo padrasto e que contou à mãe, contudo, a mulher não acreditou na filha e ainda agrediu a criança como forma de punição. “Após tomar conhecimento do caso, a Polícia Civil adotou todas as medidas necessárias para a investigação e garantia da integridade física e psicológica da menor”, explicou a delegada Jéssica Assis, através da assessoria.

Depoimentos de familiares maternos e paternos da criança apontaram, segundo a Polícia Civil, que a mãe da menor não a deixava sozinha na presença da família por receio de que a criança revelasse os abusos e as agressões sofridas. “A menina apresentou comportamento retraído e era constantemente alvo de insultos pejorativos, como “macaca” e “feia”, e de comentários desdenhosos sobre sua aparência, sendo comparada de maneira desfavorável a sua irmã, que é filha biológica dos suspeitos dos investigados”, detalhou a polícia, através da assessoria.

Além das agressões físicas e psicológicas, a menina ainda era pressionada pela mãe a não relatar os abusos e a assumir a responsabilidade por questões familiares, como a ausência do padrasto caso ele fosse preso ou denunciado. A Polícia Civil informou, ainda, que quando a criança tinha 5 anos, a Polícia Militar em Sinop recebeu chamado para verificar uma denúncia de abandono de incapaz. Uma equipe foi ao endereço indicado e encontraram a menina sozinha e trancada dentro da residência. Ao perguntá-la sobre o paradeiro de seus pais, a criança informou que sua mãe e o marido haviam saído para um evento. O Conselho Tutelar foi acionado o e logo depois o casal chegou à residência e ambos foram conduzidos à delegacia.

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