O cartório da 22ª Zona Eleitoral de Sinop detectou falhas na lista de apoiadores da fundação do Partido Social Democrático (PSD). O chefe, Wedson Marques do Amaral, explicou que os técnicos do cartório apontaram que “várias assinaturas de apoio” a criação do partido “não conferem com as assinaturas constantes nos cadernos de votação ou nos Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE)”. Devido a isso, elas foram reprovadas.
Amaral não soube precisar quantas assinaturas são. No entanto, ressaltou que a direção do novo partido tem tempo hábil para conseguir corrigir as falhas. Neste caso, o cartório notifica os responsáveis pela sigla, que devem fazer com que os apoiadores assinem novamente a lista de criação da nova agremiação da mesma forma como está nos cadernos de votação utilizados na eleição do ano passado.
“O principal problema detectado foi a divergência das assinaturas. O único meio que o cartório tem para avaliar os dados é conferir as assinaturas da lista entregue com os cadernos de votação. Neste caso, muitos fizeram rubricas ou assinaram de forma diferente do que está no caderno de votação e, por isso, não foram aceitos”, explicou.
O mesmo problema também foi detectado no cartório da 32ª Zona Eleitoral de Sinop. Em uma lista com aproximadamente 300 nomes de eleitores apoiando a criação da legenda, 215 tiveram suas assinaturas conferidas por semelhança. Em relação aos 85 apoiadores restantes, estes se enquadram nos casos em que as assinaturas não conferem, na situação em que os eleitores são de outras zonas eleitorais, ou tiveram título cancelado por ausência nas urnas, nos últimos três pleitos.
Outro lado
O presidente da comissão provisória do partido em Sinop, deputado federal Roberto Dorner, já afirmou que os responsáveis pela coleta das assinaturas vão fazer o trabalho novamente, desta vez, da forma correta.
Conforme Só Notícias já informou, levantamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aponta 15 indícios de eleitores mortos na lista de assinatura de apoio à fundação do PSD em Mato Grosso. A suposição de eleitores que teriam falecido deve ser investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE). O Tribunal admite revisão sobre o tema, ressaltando possibilidade de ocorrerem falhas no processo de repasse de informações via sistema interligado ao INSS.