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Comerciante é condenado a pagar R$ 240 mil para família de repositora que ele assassinou em Sinop

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Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo)

A Justiça condenou Leandro José Reis, 42 anos, a indenizar a família da repositora Élida Cristina da Silva Fardin, 35 anos, que ele assassinou, em agosto de 2019. Leandro matou a vítima asfixiada no restaurante dele, na avenida das Embaúbas, no centro de Sinop. 

Além da ação penal, na qual ele acabou sentenciado, em júri popular, a 16 anos e sete meses de reclusão, Leandro também foi acionado pelo viúvo e filho da vítima em uma ação cível de reparação de danos. Só Notícias apurou que a defesa pediu que o comerciante fosse condenado a pagar 500 salários mínimos e mais pensão para o filho de Élida. 

O juiz Cristiano dos Santos Fialho, ao julgar o caso, destacou que “o homicídio doloso de familiar próximo, traz, como consequência direta, grave perturbação emocional, que dinamiza intenso sofrimento e, ao mesmo tempo, reflete de maneira marcante na estrutura psíquica de todos os familiares da vítima, fruto da violação do dever/sentimento de segurança e do direito à vida”.

O magistrado também considerou que “as repercussões dos danos podem ser graduadas como de elevada intensidade, de maneira que desponta medida de prudência razoável que se arbitre o valor da indenização pelo dano moral experimentado na quantia correspondente a R$ 120 mil, como forma de minimizar o intenso sofrimento experimentado pelos autores (filho e companheiro da vítima), para cada um, e levando-se em consideração o poderio econômico do requerido”.

Além da indenização, Leandro também terá que pagar pensão alimentícia equivalente a dois terços do salário que Élida recebia na época em que foi morta. O dinheiro será destinado ao filho da vítima, até ele completar 25 anos. Leandro ainda pode recorrer da decisão. 

Élida ficou desaparecida por alguns dias, o que levou familiares e amigos a iniciarem uma campanha para obter informações sobre o paradeiro dela. Após confessar o crime, Leandro foi preso e indicou aos investigadores onde havia deixado o corpo da vítima, nas proximidades do kartódromo, no Setor Industrial Norte. A mulher trabalhava como repositora de um supermercado e foi sepultada em Sinop.

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