O Senado está discutindo, neste momento, a indicação do ex-secretário de Infra-estrutura de Mato Grosso Luiz Pagot para a presidência do DNIT.
Inicialmente, o plenário do Senado negou requerimento do senador Arthur Virgílio (PSDB) para que a indicação fosse examinada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ). A oposição aponta que ele acumulou, entre 1995-2002 cargo de assessor no Senado (de Jonas Pinheiro) e trabalhou para uma empresa no Amazonas, ao mesmo tempo. Este é o primeiro assunto da ordem do dia, na sessão do Senado, quee stá sendo discutido há mais de meia hora.
O senador Mário Couto (PSDB-PA) encaminhou requerimento para adiar a votação, no plenário, apontando que o regimento interno prevê adiamento de votações de determinadas matérias quando há dúvidas para serem esclarecidas. Antes de iniciar a sessão ordinária, conforme Só Notícias informou, ele havia feito mesmo requerimento e o vice-presidente, Alvaro Dias (PSDB-PA) havia acatado.
Respondendo questionamento do senador Jefferson Peres (PDT-AM), o senador Jonas Pinheiro disse que Pagot não foi funcionário fantasma explicou o fato de Pagot trabalhar em seu gabinete e na iniciativa privada.
“O senador decide onde cada assessor trabalha. Ele foi destacado para trabalhar dentro das tarefas para ele executar fora do Senado. Não tinha que abonar sua falta porque não tinha que estar no gabinete”, defendeu Jonas Pinheiro.
O senador mato-grossense Jaime Campos (DEM), relator da indicação de Pagot, disse que este assunto “já passou dos limites, quando vejo aqui o líder Arthur Virgilio (PSDB) querendo que a indicação ser encaminhada a Comissão de Constituição e Justiça. Quero dizer ao senador Mario Couto (PSDB-PA) que todas diligências sobre a indicação de Pagot já fora feitas. Até que me provem ao contrário, Pagot cumpriu todas as exigências. Isso passou a ser uma questão político partidária e pessoal. Tem 6 meses que este assunto tá na casa. Por quê desta postergação ?. Isso é ser irresponsável”, afirmou Jaime, referindo-se aos senadores Arthur Virgilio e Mario Couto.
O líder Arthur Virgilio foi à tribuna e rebateu críticas, para quem Jaime “usou expressões duras como ‘irresponsabilidade’. Não concordo com a votação até que todas as dúvidas sejam esclarecidas. Refuto este argumento e não faz jus com o bom convívio do senador Jaime tem com os colegas do PSDB e com o líder do próprio de seu partido, José Agripino”, rebateu Virgilio. “Se a questão era só pressa, por que não trocaram o nome?. Houve de nossa parte uma euxastiva busca de fatos para esclarecer essa situação. O partido fechou questão contra a indicação. O governo poderia ter aprovado outro nome. O confronto não é o melhor caminho”, disparou o líder tucano.
O senador Mauro Couto (PSDB-PA) rebateu a colocação de irresponsabilidade feita por Jaime. “Ele cometeu um delito. É um fantasma. Consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo. Ele recebeu no total R$ 429 mil do Senado. Recebeu sem trabalhar porque, ao mesmo tempo trabalhou para uma empresa ao mesmo tempo. Se eu estiver errado dou a mão palmatória. Sei que V. excia, Jaime Campos, está preocupada com seu amigo Luiz Pagot, mas a questão é muito séria”, afirmou Couto, que quer adiar a votação, alegando que “há muitas dúvidas para serem dirimidas.
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(Atualizada às 17:48hs)