quarta-feira, 24/abril/2024
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Roberto Jefferson depõe em CPI e volta a ligar Valério com Lula

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O deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) iniciou seu depoimento à CPI Mista da Compra de Votos com cerca de uma hora de atraso. Na abertura da sessão, ele chamou ironicamente o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza de “embaixador do Brasil em Portugal”, referindo-se ao fato de ele ter-se apresentado, supostamente, como consultor da Presidência do Brasil em encontro com o então ministro português António Mexia.

“Mesmo o sr. Marcos Valério sendo o novo embaixador do Brasil para assuntos de telecomunicações, o ‘carequinha’ é o novo embaixador, não agiu sozinho, ele não tem a chave do cofre”, disse o deputado, ao fazer referência ao envolvimento do Planalto com o caso de corrupção: “o [esquema de corrupção] não foi gerado aqui. A matriz da corrupção não está aqui, está do outro lado da rua”.

Jefferson é acusado de gerir um esquema de corrupção dentro dos Correios para pagamento de propinas. A denúncia veio à tona com a divulgação de uma fita de vídeo em que o ex-diretor do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho detalha a dois empresários o esquema.

Mais tarde, em contrapartida, o deputado concedeu entrevista onde denunciou a existência de um suposto esquema de “mensalão” entre deputados da base governista.

O presidente da comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO), eximiu Jefferson de assinar o termo de compromisso com a verdade, isto é, o deputado depõe na condição de acusado.

Quebra de sigilos

O relator da comissão, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), informou antes da chegada de Jefferson que a comissão vai pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário do empresário Marcos Valério e de suas empresas. O procedimento é “fundamental”, segundo o relator, porque, apesar de a CPI dos Correios já ter essas informações, a CPI da Compra de Votos só pode ter acesso a elas se também pedir a quebra dos sigilos.

Além do “mensalão”, a comissão ainda investiga o suposto esquema montado em 1997, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, para a compra de votos para garantir a aprovação da emenda constitucional da reeleição.

Jefferson concedeu várias entrevistas aos meios de comunicação e depôs na CPI dos Correios e no Conselho de Ética da Câmara sobre o mesmo tema. Na terça-feira, no entanto, ele mostrou capacidade renovada de “pautar a crise”, ao disparar novas acusações contra o ex-ministro José Dirceu (PT-SP), a quem já apontou como um dos “mentores do mensalão”.

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