quinta-feira, 9/maio/2024
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Maggi confirma vazamento no concurso e afasta servidores

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Houve mesmo vazamento de provas – delegado e biologia – do concurso público que o governo de Mato Grosso cancelou em novembro. A confirmação foi dada pelo próprio governador Blairo Maggi na manhã desta quarta-feira, quando destacou que está montando uma força tarefa para evitar que novos vazamentos aconteçam nas provas programadas para 31 de janeiro e 21 de fevereiro. O vazamento foi confirmado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apreendeu computadores que continham arquivos com as respostas e as justificativas das questões do concurso. O governador anunciou ainda que as provas não serão mais rodadas em Cáceares. A impressão deverá ser feita pela mesma empresa que imprimiu as provas do Enem para o Ministério da Educação.

A investigação do Gaeco, departamento ligado ao Ministério Público, teve início um dia antes da aplicação das provas (22 de novembro) e foi concluída nesta terça-feira (8).

O governador explicou que os arquivos haviam sido apagados das máquinas mas foram recuperados graças a utilização de ferramentas eletrônicas específicas. O governador afirmou que todos os envolvidos foram afastados de suas funções. “Todos os responsáveis serão punidos. Doa a quem doer”, garantiu o republicano.

“Não sabe quantas pessoas foram beneficiadas”, disse o governador, revelando que a coordenador da comissão das provas, Renilze Barbosa e Geisa Curvo, estão mesmo envolvidas em toda a operação. A investigação descobriu que Renilze passou as provas, respostas e comentários para dois de seus irmãos, um que prestaria o concurso para delegado e outra que prestaria para biologia. Já nos computadores pessoais de Geisa Curvo, foram encontrados atalhos das provas. Sandra Raquel Almeida Cabral – da comissão do concurso – confessou espontaneamente que teve acesso as provas.

As três, segundo Maggi, estão sendo enquadradas no artigo 325, violação de sigilo funcional, que pode dar prisão de dois a seis anos.

Para evitar que novas ações voltem a se repetir nos próximos concursos, o Blairo Maggi pediu socorro ao procurador-geral de Justiça do Estado, Marcelo Ferra, e ao coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Paulo Prado e designou os secretários Diógenes Curado (Justiça e Segurança Pública) e Alexandre Maia (Casa Militar), e Geraldo de Vitto (Administração) além de Ferra e Prado se comprometeram a ajudar na realização do novo concurso, através do Decreto 2.280.

Com 271 mil candidatos inscritos para 10.086 vagas, o concurso será feito agora em duas etapas, uma em 31 de janeiro, com convocação de 65% dos concorrentes, e a outra em 21 de fevereiro com os demais 35%.

 

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