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Governo espera bom senso do Sintep para por fim à greve

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A Secretaria de Estado de Educação mantém-se aberta ao diálogo com o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintep). A titular da Seduc, Ana Carla Muniz, lembrou que o impasse nas negociações foi criado pelo Sintep ao deflagrar a greve e agora, ainda mais, ao estender a paralisação — contrariando a decisão da Justiça que declarou o movimento ilegal.

A secretária lamentou que o Sintep está se recusando a participar das reuniões do Grupo de Trabalho, reativado pelo Governo do Estado, como forma de dar mais conseqüência técnica à discussão sobre a recomposição dos subsídios dos profissionais da educação.

“O GT só foi reativado pelo Governo do Estado porque o Sintep se comprometeu a participar das reuniões. Infelizmente, o Sindicato, na última hora, decidiu impor condições para garantir sua presença nas reuniões vetando alguns representantes que integram o grupo. É uma pena, pois essa atitude só atrapalha e retarda uma solução que garanta o direito de estudar de nossas crianças”, disse Ana Carla.

Segundo ela, o Governo do Estado espera que o Sintep reconsidere suas posições radicais e conduza as reivindicações dentro do bom senso. “A greve é ilegal. Esse recurso só deveria ser usado em última instância, depois de esgotadas totalmente as possibilidades de diálogo. O senhor Júlio César Viana, presidente do Sintep, assim como os demais diretores do sindicato, sabem que a sociedade mato-grossense não suporta pagar um reajuste de 20%, como estão reivindicando. O orçamento da Seduc não suporta um acréscimo destes, pois já está comprometido em 81% com a folha salarial”, explica a secretária.

PARCIAL – Um levantamento conduzido pela Seduc constatou que a paralisação decretada pelo Sintep atinge aproximadamente 30% da rede pública estadual de ensino. Em Cuiabá, mais que a mobilização dos professores, foi a greve dos motoristas e cobradores do sistema de transporte coletivo que contribuiu para o esvaziamento da rede escolar.

“Os dados que estamos apurando mostram que a greve é parcial, pois a maioria das escolas está funcionando. A falta de transporte coletivo na Capital é que tem contribuído para que as escolas funcionem precariamente”, argumenta Ana Carla.

A secretária de Educação disse que o movimento está sendo monitorado desde a decretação da ilegalidade da greve pela Justiça e que, constatada a participação de servidores e professores temporários na greve, os contratos destes poderão ser rescindidos. “Vamos fazer cumprir a lei nessa questão”, avisou.

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