O governador Blairo Maggi utilizou a reunião do secretariado nesta segunda-feira, para, entre outros assuntos, reforçar a necessidade de controle da qualidade na aplicação de recursos públicos. O motivo está na previsão de déficit no exercício deste ano e no corte de R$ 595 milhões para o Orçamento de 2006, de R$ 5,4 bilhões e não mais R$ 6 bilhões.
Durante quatro horas, os secretários apresentaram uma prestação de contas das últimas ações de suas pastas, como o impacto da febre aftosa e a anunciada greve de fiscais agropecuários federais, no agronegócio estadual. Ou o fato da viagem promocional do Estradeiro IV aos países andinos trazer turistas europeus ao Pantanal, pela Bolívia.
Um dos principais assuntos da reunião, a ordem do governador é equilibrar receita e despesa. “É estabelecer um preço, um custo-benefício”, ou “como existem poucos recursos, saber onde aplicar melhor para uma obra de qualidade com preço competitivo”, explicou o secretário da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot. Motivo de o Governo Estadual ter desencadeado uma série de ações para atingir a meta.
“Estamos fazendo o aprimoramento da gestão. A Escola de Governo já fez curso sobre isso”, disse. Resultado dessa preocupação no controle de gastos foi exemplificado pelo secretário pela realização do II Fórum de Controle Interno do Poder Executivo de Mato Grosso, organizado pela Auditoria Geral do Estado e que será realizado na quarta-feira (09.11), a partir das 8 horas, no Auditório da Famato.
Segundo Pagot, o governador Maggi se elegeu com a máxima de fazer um governo diferente. “O Governo se faz com situação política e gestão administrativa diferente. Um trabalho de melhor modelo de gestão. A questão política fica em segundo plano”, respondeu, sobre os impactos dessas medidas na eleição do ano que vem. “Neste primeiro momento a atenção é para a gestão, o que é coerência com o discurso”.
O secretário argumentou que o governo não será irresponsável de administrar com foco na política eleitoral. “O governador não vai sacrificar seu atual mandato em função de questão política ou politicagem. É sinal de respeito ao contribuinte”, disse.
Dentro da mesma linha de superação de adversidades, Pagot informa sobre outro importante evento nesta semana: a Feira do Empreendedor, em parceria com o Sebrae, no qual serão mostrados casos de gestores públicos e empreendedores privados na busca de melhores resultados em gestão e inovação para oferecer produtos e serviços.
“A feira significa muito para o Estado. As pessoas que passarem por lá vão ver que temos oportunidades de investimento. Haverá uma série de eventos, ações concretas, exemplos, como o de uma família pobre, sem dinheiro em Cáceres, que desenvolveu brinquedos pedagógicos”, relatou o secretário da Casa Civil.