domingo, 5/maio/2024
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Ex-presidente da Petrobras depõe e Leitão aponta superproteção em CPI da Câmara

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A ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster, participou, esta tarde, pela quinta vez da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI – e prestou esclarecimentos sobre irregularidades na estatal, cujo rombo é apontado em R$ 88 bilhões dos esquemas de corrupção envolvendo ex-diretores, empreiteiros e ex-deputados (parte dos envolvidos continua presa por decisão da justiça federal). Segundo relatos da ex-presidente o esquema de corrupção na empresa “se formou fora da Petrobras”, porém, ressaltou que não foi a transparência da estatal ou um auditor independente os responsáveis pela descoberta dos problemas, mas sim a policia – apesar dos mecanismos de controle de órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) terem melhorado a gestão da companhia.

O deputado Nilson Leitão, vice-líder do PSDB na Câmara, disse que o dever dos parlamentares é investigar a corrupção, mas que infelizmente, as Comissões que acontecem na Câmara acabam sendo frustradas devido à superproteção dos envolvidos, referindo-se a parlamentares governistas. Para Leitão, a Operação Lava Jato foi a solução para estancar uma corrupção exacerbada que vinha acontecendo há anos. “Enquanto de fato a vontade de se acabar com a corrupção não deixar de ser apenas um discurso e passar a ser uma atitude, não vai acabar. Não adianta fazer cara de santo e apontar o dedo! Estamos falando de fatos concretos, de uma investigação feita pela Justiça Federal, pela Polícia Federal, onde há presos, denuncias, delações premiadas e o governo diante dessa situação se preocupa mais em querer apontar ao invés de assumir as falhas que houveram, seja lá quem for o culpado”.

Graça Foster continuou sua fala dizendo que a Operação Lava Jato levou a Petrobras a determinadas situações preventivas a respeito de diversas empresas apontadas como parte de um cartel e que isso impediu que a empresa continuasse firmando contratos com elas. Para Foster a maior preocupação é a manutenção de empregos e disse que o governo tem atuado para harmonizar essa situação.

“Eu gostaria de fazer algumas indagações. O seu amor pela Petrobras é algo público como a senhora já falou, mas precisamos saber também do seu amor pelo PT e pelo governo. Qual é maior nesse momento? Porque ambos estão sendo citados nessa situação”, questionou Leitão. "Mil vezes a Petrobras", respondeu Foster.

Em março do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Lava Jato para investigar um grande esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do País e políticos. A primeira prisão feita na Operação foi do doleiro Alberto Youssef e três dias depois, do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Yousseff e Costa assinaram com o Ministério Público Federal acordos de delações premiadas onde tiveram alívio das penas em troca de detalhes sobre o esquema. Após os acordos, uma série de vínculos foram descobertos nas investigações o que resultou em diversas prisões e demissões.

A Justiça Federal tornou réu 39 pessoas, são 10 grandes empresas envolvidas, 62 pedidos de prisões preventivas, temporárias, coercitivas e de busca e apreensão. Em Janeiro de 2015 uma nova fase da Operação foi deflagrada e o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma lista com 28 pedidos de inquéritos de políticos envolvidos com o esquema de corrupção na Petrobras.

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