O secretário do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília (Ermat), Éder Moraes, conseguiu uma liminar para suspender o protesto de notas promissórias de mais de R$ 2,8 milhões que haviam sido trocadas por ele em uma factoring na cidade de Várzea Grande. Os documentos haviam sido protestados no 4º Tabelionato de Cuiabá pelo proprietário do factoring, Enerildo Motta Ramos, no dia 11 de setembro.
No entanto, a decisão da juíza da Quinta Vara Cível de Cuiabá, Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, suspendeu a medida sob o argumento de que "o protesto indevido de título pode causar prejuízos ao Estado". Foram sustados títulos no valor de R$ 1.200,155,89, vencido em 15 de dezembro do ano passado, outro de R$ 1.200,155,89, vencido em 1 de junho deste ano e ainda, R$ 407.157,00, vencido na mesma data.
Éder é acusado ainda de liberar a emissão de títulos de crédito durante a sua gestão a frente da Secretaria de Estado de Fazenda, com um rombo estimado pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários de cerca de R$ 480 milhões aos cofres públicos. A acusação é de que os títulos tenham sido superfaturados em 340%, no caso que ficou conhecido como "Cartas Marcadas".
A redação entrou em contato com o secretário que não atendeu ou retornou as ligações até o fechamento desta matéria.