O deputado federal Neri Geller (PP) passa a ser cotado para assumir a liderança do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara Federal em 2022. A articulação ocorreria por conta da possível transferência do atual líder, deputado Ricardo Barros (PP-PR) para o Tribunal de Contas da União (TCU).
Barros foi convocado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira e pelo chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, ambos correligionários, para disputar a vaga, no lugar da ministra do TCU, Ana Arraes, que se aposenta em julho do ano que vem por completar 75 anos. Outro fator é o desgaste que Barros teve neste ano por conta da CPI da Pandemia, onde foi citado mais que Bolsonaro e acusado de participar das negociações de compra de vacinas com cobrança de propina.
Com isso, o nome de Neri Geller vem ganhando força dentro da própria base do governo Bolsonaro para assumir a liderança. O respaldo de Neri com os parlamentares é por conta dos seus posicionamentos sempre em defesa das pautas do Executivo. Neri também é do mesmo partido de Lira e Ciro, o que facilitaria as articulações com o governo e com os demais partidos, já que o deputado tem se tornado um dos parlamentares mais influentes do Congresso, e como vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que tem cerca de 300 deputados e senadores, está sendo visto como nome para voltar a ocupar o cargo de ministro da Agricultura.
Geller já foi cotado no primeiro semestre deste ano para assumir o Ministério da Agricultura, quando se cogitou uma mudança ministerial. E o apoio partiu do Centrão, pelo seu perfil. O parlamentar também esteve em grandes embates como na relatoria do licenciamento ambiental e no marco das ferrovias, aprovado recentemente pelo Congresso Nacional.
