O deputado estadual Maksuês Leite, apresentador do Programa Comando Geral, da Redetv incentivou ao vivo às 11h15 de hoje, a execução sumária de um homem acusado de crime de estupro. “Tá lá o homem. Ele estuprou e rasgou uma menina de apenas seis anos”. O caso lembrou a morte misteriosa de um homem conhecido como “Índio”, preso sob acusação de estuprar e matar uma garota na Morada da Serra.
Outro caso teve então o apresentador do Grupo Gazeta, ex-deputado Lino Rossi, que incentivou os bandidos a esperarem por “índio”, que foi humilhado e depois morreu.
Antes de incentivar a execução de um cidadão, que nem sequer ainda foi julgado pela Justiça, falando ao vivo, o deputado fez o seguinte comentário: “O estuprador está na Cadeia do Carumbé. Lá onde o filho chora e a mãe não ouve.
Finalizando seus comentários tendenciosos, uma verdadeira apologia ao crime, despeitando o direito à vida, o deputado-apresentador ainda incentivou ao vivo: “Tá com dó do marmanjo. O pessoal do Carumbé tá esperando ele. Leva ele para casa”.
O comentário, no entanto, foi feito pelo apresentador após uma entrevista gravada pela repórter Cida Montenegro. Ela entrevistou um homem acusado de ter estuprado uma menina de seis anos. O homem negou tudo.
A mesma repórter entrevistou delegado Wladimir Fransosi, de plantão no Cisc-Oeste, do bairro Verdão, que foi bem claro ao ser questionado sobre o resultado do laudo de conjunção carnal: “Não temos o laudo oficial”, disse o delegado.
Questionado ainda sobre um suposto laudo preliminar pela repórter, o delegado afirmou: “Não existe ainda um laudo oficial. Existe sim um exame médico”, disse o delegado, que concluiu: “Ele (o acusado de estupro) está sendo autuado em flagrante na Lei Maria da Penha, pois o caso aconteceu 15 dias atrás e não cabe mais flagrante de crime de estupro”.
Por medida de segurança e para evitar traumas, a lei proibe, tanto a exposição de imagem da vítima, principalmente no caso de violência sexual, quanto a exposição do nome do acusado.