Mais de 20 mil pessoas são esperadas no centro de Cuiabá em novo protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), na tarde deste domingo (16). Organizado por movimentos e entidades da sociedade civil como o “Vem Pra Rua”, “Movimento Brasil Livre” e “Movimento Muda Brasil”, e incentiva- do por partidos de oposição à petista, o ato pretende reforçar o sentimento de indignação de parte da população com a atual gestão da petista, que amarga índices recordes de reprovação.
De acordo com os organizadores da nova rodada de protestos, na Capital a concentração para o ato ocorrerá no centro da cidade, na Praça Alencastro, em frente ao prédio da Prefeitura, às 16 horas. Em seguida, o grupo pretende caminhar pela avenida Getúlio Vargas, uma das principais da cidade, e concluir o protesto na Praça 8 de abril. Pela primeira vez, partidos de oposição ao governo, se posicionaram a favor dos atos, convocando seus militantes para irem às ruas, apesar do teor não partidário das manifestações.
Manifesto assinado pelo Muda Brasil, divulgado amplamente nas redes sociais, destaca que a intenção do grupo é repetir a adesão verificada nos protestos de 15 de março, quando cerca de 20 mil manifestantes caminharam pelo centro da cidade. “Após análise e interlocução com diversas partes, concluímos que ir para as ruas é condição fundamental para que as investigações em andamento tanto pela [Operação] Lava Jato, quanto no Tribunal Superior Eleitoral (Investigação das urnas) e no Tribunal de Contas da União (análise das contas de governo), bem como pelas CPIs que precisam ser instaladas e finalizadas no Congresso Nacional tragam a mudança essencial para o início da recuperação do Brasil: a cassação da presidente Dilma” afirma a liderança do movimento no texto.
As entidades convocaram atos para mais de 100 cidades no Brasil e no exterior, sendo 21 capitais. Em Mato Grosso são esperados protestos em pelo menos mais sete cidades além da Capital. A Secretaria de Estado de Segurança Pública deve organizar um esquema especial de policiamento para garantir a ordem e a segurança dos manifestantes e da população, a exemplo do que ocorreu nos outros dois protestos realizados este ano.
Sem agenda pública para este final de semana, a presidente Dilma deverá acompanhar os protestos em sua residência oficial, no Palácio da Alvorada.