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Cuiabá: João Emanuel cita Executivo em vídeo sobre desvio de recursos

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A Prefeitura de Cuiabá também foi colocada sob suspeição pelo vereador João Emanuel (PSD), afastado da presidência da câmara pela Justiça sob acusações de estar envolvido em um esquema de desvio de dinheiro público e fraude em licitações. No vídeo que é uma das principais provas do Ministério Público contra o socialdemocrata, gravado por uma empresária, João Emanuel diz que dividia o dinheiro do desvio com os demais vereadores e também precisava deixar a parte do Executivo. Por isso, um dos promotores de Justiça do caso, Mauro Zaque, também notificou a Procuradoria-Geral de Cuiabá para tomar providências no sentido de investigar se existe ou não o envolvimento de algum servidor da prefeitura.

Em um trecho da gravação, a empresária, dona da gráfica, que firmou contrato com a câmara, diz que da maneira como ela faz, ele não precisa passar nada para vereador. Mas João Emanuel responde da seguinte forma: “Eu sei, aqui são 25 [vereadores], mas lá fica a parte do Executivo, pá, pá, pá, é seu financeiro ai (…)”. E o diálogo segue até a parte onde ele diz que também precisa dividir o dinheiro desviado também com os demais parlamentares classificados por ele como “artistas”.

“O vídeo é autoexplicativo para quem assistiu e não há o que questionar o teor dessas gravações é muito grave. As informações ali contidas são seríssimas não só pelo fato de mencionar os demais vereadores, mas pelo fato do conteúdo que demonstra claramente que havia, de forma rotineira, um esquema dentro da câmara para promover desvio de dinheiro público”, disse o promotor, esta manhã, momentos antes de começar a ouvir os parlamentares convidados a prestarem esclarecimentos para ajudar nas investigações.

“Já foi encaminhado um expediente ao Executivo, o problema é que o Executivo é um todo. Quando fala em vereadores nós temos como individualizar quem são os vereadores. Então já foi feito um expediente ao procurador-geral do município [Rogério Gallo] para que ele adote as providências cabíveis no sentido de também identificar se houve algum problema, se houve algum ato ilícito envolvendo alguém do Executivo”, pontou Mauro Zaque.

O promotor ressaltou que neste momento não se pode falar em eventual participação dos outros 24 vereadores e nem da prefeitura, por isso que o Ministério Público fez questão de ouvir todos os vereadores. “Não podemos correr o risco de estender essa suspeição aos demais vereadores em razão das palavras de um só. Por isso que o MP está agindo com cautela, nós sabemos da importância da Câmara Municipal, da importância do trabalho dos vereadores não obstante temos que individualizar conduta para responsabilizar exatamente aquelas pessoas que tenham eventualmente alguma responsabilidade”, ressaltou o promotor.

Os argumentos também valem para a prefeitura, pois o Ministério Público também não acredita que tenha envolvimento de servidores do Executivo no esquema, contudo, assim como decidiu ouvir os 24 parlamentares, também notificou o procurador-geral a fazer o mesmo para não restar qualquer dúvidas sobre as acusações feitas por João Emanuel no vídeo.

O procurador-geral Rogério Gallo foi procurado para comentar o assunto, mas não atendeu as ligações. O secretário de comunicação, Kleber Lima, confirmou que o procurador-geral já foi citado e está tendo acesso ao inquérito agora. Até então as informações que ele tinha eram as mesmas publicadas pela imprensa. Explicou que somente após tomar conhecimento de todo o teor do inquérito é que a prefeitura irá fazer um pronunciamento oficial sobre o assunto.

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