quinta-feira, 2/maio/2024
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CPI Sanguessuga investigará 11 prefeituras de MT

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O sub-relator de Sistematização da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), apresentou hoje um fluxograma que demonstra a ligação de 37 parlamentares que receberam propina do empresário Luiz Antonio Vedoin com 60 prefeituras que também teriam sido beneficiadas no esquema de fraude na compra de ambulâncias.
O documento apresentado por Sampaio reúne 60 planilhas sobre cada município investigado, relacionando o parlamentar que apresentou a emenda para a compra da ambulância e o valor da propina que teria sido paga pela Planam (empresa de Vedoin) ao próprio parlamentar e aos prefeitos.

Emendas individuais
O sub-relator explicou que analisou as emendas apresentadas pelos 37 parlamentares especificamente para a compra de ambulâncias, para averiguar os municípios por elas beneficiados. “Depois, fomos ao depoimento do Luiz Vedoin verificar que prefeitos, segundo ele, teriam recebido propina”, explicou.
Segundo Carlos Sampaio, o objetivo foi investigar se o parlamentar que recebeu propina foi o autor da emenda para o município cujo prefeito também recebeu propina. “Havia uma triangulação, que nós estamos fechando neste primeiro momento com relação aos 37 parlamentares que receberam propina em suas próprias contas bancárias, por meio de assessores ou de parentes”, disse.

Emendas de bancada
O sub-relator declarou também que, conforme as investigações avançam, os novos dados comprovam que houve manipulação não apenas das emendas individuais ao Orçamento, mas também das emendas de bancada.
“O que se está percebendo é que existiam parlamentares que eram verdadeiros gerentes regionais nesse esquema de corrupção. Cooptavam outros parlamentares e distribuíam as ambulâncias e ganhavam um percentual para si, como alguém que cooptou, e repassavam também para esse outro parlamentar”, destacou Sampaio.
O deputado lembrou ainda que, na maioria das vezes, os parlamentares que compunham as bancadas não tinham ciência do que estava ocorrendo, “mas o gerente e seus comparsas sabiam o que estavam fazendo e o porquê do direcionamento de emendas para ambulâncias”.
O Estado com o maior número de prefeitos investigados é o Mato Grosso, principal área de atuação da quadrilha. O Rio de Janeiro vem em seguida no ranking.

Mato Grosso – 11 prefeituras
Rio de Janeiro – 8 prefeituras
Bahia – 7 prefeituras
Rondônia – 6 prefeituras
Paraná – 5 prefeituras
Paraíba – 5 prefeituras
Pará – 5 prefeituras
Espírito Santo – 4 prefeituras
Minas Gerais – 4 prefeituras
São Paulo – 2 prefeituras
Goiás – 1 prefeitura
Tocantins – 1 prefeitura
Roraima – 1 prefeitura

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