A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e da Sonegação Fiscal decidiu implantar uma diligência para ter acesso às informações dentro das secretarias estaduais. A decisão votada e aprovada, hoje, foi em decorrência à dificuldade da comissão em receber documentos por parte dos órgãos notificados nos últimos 30 dias, entre eles, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
A diligência proposta pelo vice-presidente da CPI, o deputado Wancley Carvalho (PV), terá a autoridade de deslocar a equipe de auditores até as secretarias onde possuem documentos indispensáveis para a investigação da CPI. Segundo o deputado, essa ação será fundamental para o andamento dos trabalhos.
“As diligências vão favorecer a agilidade das investigações e através das diligências e das informações que formos recolhendo com a equipe técnica vai acabar surgindo as pessoas que precisam ser convocadas para a oitiva. Dessa forma, neste primeiro momento será de uma coleta de informações por parte da CPI”.
Já o presidente da CPI, o deputado Zé Carlos do Pátio (SD), ressaltou que a CPI já requisitou documentos referentes às pastas da Sedec e da Sefaz, contudo está tendo uma morosidade na entrega, e os que chegaram vieram com falhas nas informações.
“Eu nunca vi implantar um procedimento de diligência em uma CPI, mas tenho certeza que vai tornar nossa investigação mais ágil, já que estamos tendo problemas com as informações vindas por parte das secretarias do governo, que tem demorado a chegar e quando vem, não contém todos os requisitos que pedidos nos nossos ofícios”, disse Pátio.
O próximo passo da CPI será fazer uma oitiva com o secretário da Sedec, Seneri Paludo, no dia 6 de maio, que servirá para esclarecer dúvidas sobre as empresas que são beneficiadas com incentivos fiscais através do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).