terça-feira, 21/maio/2024
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Banda do governo derruba relatório da CPI do Apagão Aéreo no Senado

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Por cinco votos a favor e um contrário, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo aprovou nesta quarta-feira (31) voto em separado do senador João Pedro (PT-AM) que excluiu das recomendações de indiciamento nove das 23 pessoas denunciadas pelo relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), entre as quais o deputado federal Carlos Wilson (PT-PE), que estava sendo acusado pelo relator de irregularidades quando presidiu a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), de 2003 a 2005. Antes da votação, cinco senadores da oposição, em protesto, se retiraram da reunião, ficando apenas Demóstenes, que votou contra a aprovação do voto em separado.
O relatório derrotado de Demóstenes acusa Carlos Wilson de ter chefiado um esquema, montado na Infraero para fraudar licitações que, conforme avaliou, pode ter chegado a R$ 500 milhões. Ele também solicita o indiciamento de 23 pessoas, 21 das quais ligadas à Infraero. O voto em separado de João Pedro, entretanto, além de absolver Carlos Wilson das acusações, pede a retirada do relatório do nome de outras oitopessoas ligadas a Infraero que foram citadas por Demóstenes como tendo praticado crime de improbidade administrativa, a exemplo de Mário de Ururahy Macedo Neto, que chegou, recentemente, segundo informou Demóstenes, a ser demitido, por corrupção, a mando do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage.

O relatório de João Pedro também retira do rol de culpados o procurador da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Paulo Roberto Gomes de Araújo, também acusado por Demóstenes de ter praticado o crime de improbidade administrativa. Por outro lado, João Pedro sugere que a empresária Sílvia Pfeifer, dona da Aeromídia – empresa responsável pela publicidade em três aeroportos brasileiros – tenha cometido irregularidades. Foi Silvia quem acusou, durante depoimento na CPI do Apagão Aéreo, o ex-presidente da Infraero de ter cometido fraudes em licitações.

O voto em separado, que, de acordo com João Pedro, “mantém e amplia o rigor do relatório Demóstenes”, inclui na relação de culpados também o nome de José Oliveira Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Mídia Aeroportuária (ABMA). Ele é acusado de improbidade administrativa e crime contra o procedimento licitatório.

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