Cinco dias após a histórica renúncia de Carlos Fávaro (PSD) do cargo de vice-governador de Mato Grosso, o governador Pedro Taques (PSDB) decidiu exonerar 14 dos 24 servidores da vice-governadoria. O ato foi publicado no Diário Oficial que circula hoje.
Os comissionados faziam parte da equipe de Fávaro, e tiveram um custo de R$ 170,8 mil no mês de março, conforme dados do Portal Transparência do próprio governador. A despesa neste ano chegou a mais de R$ 810 mil nestes 4 primeiros meses.
Nos bastidores, a informação é que Taques deverá aproveitar a maioria desses servidores em outras secretarias e autarquias. Já os mais próximos do ex-vice-governador não deverão retornar ao governo.
Fávaro renunciou sob o argumento de que pretende lançar candidatura ao Senado, representado os ruralistas. Se prosseguisse como vice, sua aspiração política no pleito deste ano seria prejudicada juridicamente.
Ao substituir o governador Pedro Taques (PSDB), por motivo de viagem ou qualquer compromisso temporário a partir de 7 de abril, Fávaro estaria legalmente impedido de se candidatar.
O político relatou também o lado moral de sua decisão.“Sou fiel às minhas convicções políticas e aos princípios que regem minha vida pessoal e de homem público, assim, não faria sentido nesse período de construção de candidatura manter os custos da vice-governadoria, de modo a desperdiçar todo o esforço despendido ao longo desses 3 anos, 3 meses e 5 dias, em que sempre buscamos a eficiência na gestão dos recursos públicos”, afirmou Fávaro no ofício que encaminhou à Assembleia Legislativa (ALMT) no dia da exoneração.