O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou que o partido buscará, a nível nacional e estadual, alianças dentro do perfil democrático do partido. Em visita a Cuiabá, na sexta-feira, o líder pedetista falou que foi criada uma resolução para que as legendas consultem a Executiva Nacional antes de selar qualquer aliança para o pleito de 2018. “Fizemos uma resolução no partido que toda e qualquer aliança nos estados, fora da aliança nacional, terá que ser, antes de homologada, submetida a direção nacional que examinará a compatibilidade disso com a estratégia do partido”, disse Ciro.
De acordo com ele, a aliança que será estabelecida para as eleições ao Governo Federal nem sempre consegue ser mantida, mas a ideia é que o viés partidário não se perca. “Não será tarefa fácil porque jamais foi traçada uma linha a nível nacional, que ela aconteça por espontaneidade nas regiões. Cada estado vive uma dinâmica e peculiaridade diferente e é uma coisa muito boa, mas impõe uma tarefa quase impossível à direção nacional do partido, que é replicar o acordo que será fechado”.
Ciro fez duras críticas ao PMDB na pessoa do presidente da República, Michel Temer e questionado sobre a aliança oposicionista em Mato Grosso, ele disse que no próximo ano isso deve ser avaliado pela diretoria. “Há vários PMDB’s com quem convivemos numa boa, isso será apenas um filtro. Qualquer aliança que for feita contraditória com o cunho estratégico do país terá que ser submetida a um debate”.
Com o inicio das conversações para as próximas eleições, o PDT se aproximou do PMDB após o governador Pedro Taques (PSDB) ter abandonado a legenda democrata que o elegeu em 2014. No começo deste ano, o grupo oposicionista contava com cinco partidos que compuseram com o tucano para formar uma chapa adversária. Porém o assunto foi deixado de lado após escândalos de corrupção no Estado.
Com a proximidade do pleito, as reuniões devem voltar a acontecer segundo os líderes. Para Zeca Viana, que é presidente do PDT em Mato Grosso, a nacional não deve dificultar a aliança no Estado. O deputado é cotado para disputar uma vaga na majoritária. “Não sou dono do meu mandato quem manda em mim é o partido e ele vai definir o que ele quer e como eu poderei ser útil para o Estado. Não posso dizer o que quero, vai ser a coligação que vai dizer. Estamos fazendo os ajustes, lá na frente na hora certa vamos afunilar realmente e ver com quais partidos vamos andar. Aqui não tenho dúvidas que não teremos problema. Talvez um pouco de dificuldade, mas sei que seremos amparados”.