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Procurado no Pará na Operação Saúde se entrega para PF em Sinop

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A Polícia Federal confirmou, hoje, que um dos procurados na Operação Saúde, desencadeada ontem, em 7 Estados, se entregou, hoje de manhã, na delegacia da PF em Sinop. Ele é de Novo Progresso (PA) e também teve sua prisão decretada pela justiça. O nome do acusado não foi revelado. Também não foi informado se ele vai ser recambiado para Passo Fundo (RS) onde estão centralizadas as operações. Até agora, foram cumpridos 58 dos 64 mandados de prisão expedidos no interesse das investigações. Todos os 70 mandados de busca emitidos foram cumpridos. O maior número de prisões ocorreu no Rio Grande do Sul – foram 25 (incluindo uma em flagrante por porte ilegal de arma). Em Mato Grosso foram 18, Mato Grosso do Sul, 6,  Paraná, 6, Santa Catarina, 3 e Rondônia uma.

A PF confirma que, dentre os investigados, 30 servidores públicos municipais já foram presos e 3 estão foragidos. Três investigados ligados às empresas também estão sendo procurados, sendo que sua ocultação pode gerar um agravamento de suas situações perante a Justiça. Cabe ressaltar o envolvimento de 12 secretários municipais, contra os quais foram emitidos mandados de prisão. Não foram revelados nomes.

"Foram desbaratadas três organizações criminosas de Barão de Cotegipe/RS, onde estavam as sedes e depósitos das empresas investigadas. As investigações abrangem outros municípios gaúchos, uma vez que dados do TCE apontam que 450 municípios do Rio Grande do Sul repassaram verbas públicas para alguma das empresas sob investigação. Oportunamente, mediante aprofundamento da colheita de provas e também pela análise do material arrecadado nas buscas, serão informados dados hoje considerados sensíveis pela equipe de investigação", informa a PF. "A atuação dos criminosos se dava na fraude às licitações públicas, desviando as verbas destinadas à compra de medicamentos mediante falta de entrega da mercadoria licitada, entrega parcial ou entrega de produto diverso, entrega mediante
"realinhamento" de preços que culmina com o superfaturamento ou entrega de medicamentos com data de vencimento muito próxima. A distribuição dos lucros gerados com as fraudes se dava entre as empresas e servidores públicos municipais envolvidos. Em apuração inicial, constatou-se a movimentação de R$ 40 milhões em 2009 e de R$ 70 em 2010, para apenas um dos grupos investigados.

Os investigados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude de licitações, formação de quadrilha, peculato e possível lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas, podem chegar a 45 anos de prisão.

 

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