Policiais civis da Divisão de Homicídios Proteção à Pessoa (DHPP) fazem, neste momento, a operação Plano Mortal e cumpriram 10 mandados judiciais de buscas e apreensões em vários bairros em Sinop. Foram presas 6 pessoas – sendo 4 em Sinop e duas em Cuiabá – e apreendido um adolescente.
O delegado Carlos Eduardo informou que os presos estão envolvidos em 5 assassinatos “perpetrados à mando do Comando Vermelho. Esse crimes ocorreram entre os dias 20 de março e 22 de maio”. Os criminosos estão envolvidos nos assassinatos do comerciante Luiz Nei da Silva (Cuiabano), executado a tiros em seu mercado, no Jardim Boa Esperança. A polícia também prendeu envolvidos no assassinato de Fabrício Cardoso Pereira, 19 anos, atingido por tiros, na rua 11 no Jardim Boa Esperança, no dia 13 de abril, e na execução de Dener Patrick Aparecido, que ocorreu no dia 7 deste mês. Também foi preso o principal suspeito de assassinar João Marcos D Ávila, em abril, no Boa Esperança.
“Essa operação partiu da investigação de cinco casos de homicídios. A gente foi investigando e verificando que eles teriam ligação direta com uma organização criminosa e que teriam sido cometidos a mando dessa organização. A partir de então, começamos a cruzar as informações, fazer levantamentos, inclusive conseguimos verificar que essas ordens partiram de dentro do presídio. Para a gente ver o quão danoso é um celular dentro de uma penitenciária. Foi uma operação muito complexa que demandou da gente muito trabalho. Dois envolvidos (no assassinato do Luiz Ney) Guilherme Teles Ztudzioski, de 23 anos, (na rua da Conquista, no bairro das Araras, em maio) e Maurício Hortêncio Ribeiro, 23 anos (baleado em um carro de aplicativo, na semana passada) também foram mortos justamente por esse envolvimento no mundo do crime, que mata os mesmos que cumprem suas missões”, afirmou o delegado Carlos Muniz.
O delegado também disse que algumas vítimas estavam sendo investigadas. “O envolvimento delas se dá de diversas formas. Ou estão incluídas dentro da organização ou por alguma razão eles receberam essa penalidade de morte, ou possuíam alguma dívida com a organização, ou mesmo, são de facções rivais. Então, identificamos diversas situações que levaram a esses casos”.
Ainda de acordo com o delegado, “os dois suspeitos em Cuiabá já estão presos por outros crimes e são apontados como comandantes da facção”. “São três meses e meio de trabalho, oitivas, dados levantados e uma operação que tio da Divisão o seu melhor”, acrescentou em entrevista coletiva.
O delegado regional de Polícia Civil em Sinop, Bráulio Cunha Junqueira, enalteceu que a “equipe da Divisão de Homicídios conseguiu depois de muito tempo chegar a solução desses casos. Foram cinco pessoas mortas. Estão ligadas com o crime? estão! Sete foram presos, a gente tirou de circulação. Isso trás um alento para sociedade de Sinop. Assim como a delegacia de Homicídios, a de Roubos e Furtos diariamente realiza inúmeros trabalhos. A polícia tá aqui para trabalhar. A gente faz o que dá para fazer” “e garanto a todos que o trabalho feito com resultado é a prova que está funcionando”, disse.
Policiais da DERF – Delegacia de Roubos e Furtos – e soldados da Polícia Militar apoiaram a operação.
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