A greve dos servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso completa hoje 19 dias e, até o momento, as negociações entre a categoria e o presidente do Tribunal de Justiça, José Silvério Gomes, não avançaram. Em uma reunião, ficou acordado que terça-feira os cálculos relativos às referências estariam prontos e seriam pagos imediatamente, porém, até o momento não foram concluídos. O presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário, Rosenwal Rodrigues, teve acesso à planilha com o resumo do valor total necessário para o cumprimento da decisão do PCA 1415 do Conselho Nacional de Justiça, que beneficia 820 servidores de cargos ativos-incorporados, aposentados e pensionistas, e ficaria em R$ 10.773 milhões, sobrando R$ 8.601 milhões para ser dividido entre 3.430 servidores para o pagamento do passivo da URV, porém, o cronograma de valores e parcelas ainda não foi concluído.
Após ter acesso a planilha, Rosenwal se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça e com duas gerentes da Caixa Econômica Federal, as quais explicaram haver possibilidades legais de empréstimos para a quitação de passivos dos servidores. Porém, José Silvério teria afirmado que ainda não foram concluídos os cálculos da URV, e que são indispensáveis para iniciar-se a proposta de empréstimo junto a CEF. Sem avanço nas negociações, realizaram assembleia ontem à tarde, e por unanimidade decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. Na comarca de Sinop são 100 servidores, e apenas 30% dos serviços essenciais, como atendendo de intimações de réus presos, mandados para que sejam concedidos leitos de UTI e remédios estão sendo realizados. A manifestação está sendo com faixas em frente ao Fórum, onde a categoria está vestida de preto e de braços cruzados. Conforme Só Notícias já informou, devido a greve os júris marcados para esse mês foram remarcados para julho.