O Ministério Público Estadual (MPE) acompanhará os resultados das análises que serão realizadas no viaduto Jamil Boutros Nadaf (viaduto da Sefaz) interditado, hoje, por fissuras encontradas na obra. Para o promotor de Justiça responsável pelo acompanhamento das construções, Clóvis de Almeida Júnior, a situação já era esperada, uma vez que não havia um corpo técnico por parte do Estado para fiscalizar o grande volume de obras.
Clóvis explica que após problemas nas vigas de sustentação de outro viaduto, o da UFMT, também sob responsabilidade do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, inquéritos foram instaurados para monitorar a situação de cada uma das obras. “Há mais de três anos estamos acompanhando, alertando para os problemas. Sinceramente, esta interdição não nos surpreendeu”.
O MPE mantém uma equipe técnica acompanhado a situação. No entanto, os profissionais atendem outras demandas, não possuindo dedicação exclusiva. “Só depois do laudo, com a real dimensão do problema e as medidas que serão tomadas, podemos avaliar quais medidas tomaremos quanto a isso”.
Clóvis revelou que todas as intervenções passam por monitoramento por parte do MPE e que até o momento nenhum outro problema concreto foi encontrado.
Já a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) afirmou que as ranhuras são mínimas e que não oferecem risco à população. Conforme a assessoria, a fissura encontrada tem a espessura de um grafite e que só pode ser vista através de lentes especiais usadas para este tipo de obra.
A obra, que faz parte do pacote de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), foi a primeira a ser entregue pelo Governo do Estado. O local já estava parcialmente interditado para a implantação de blindagem nos fios elétricos, para evitar roubos ou furtos.