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Citadini explica imbróglio e garante que Corinthians pagará estádio

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O Corinthians tenta resolver um imbróglio relativo ao Estádio de Itaquera, que vem sendo o principal motivo da crise financeira pela qual o clube passa. Sem pagar as mensalidades pela construção da arena (cerca de R$ 6 milhões por mês) desde abril por estar em negociação com a Caixa Econômica Federal, o Timão contratou uma empresa para realizar uma auditoria a fim de descobrir eventuais irregularidades cometidas pela construtora do estádio, a Odebrecht, e diminuir o valor dos custos financeiros do estádio, atualmente avaliados em mais de R$ 1 bilhão.

“O Corinthians tem um contrato com a construtora do estádio, e a auditoria está analisando coisas que não foram feitas, que foram feitas erradas, cobradas com preço maior do que o que era para cobrar. Temos condições de fazer uma boa auditoria e chegar a um preço factível do estádio”, explicou Antonio Roque Citadini, ex-vice-presidente do Corinthians, durante o programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, no último domingo.

Conselheiro vitalício do clube, Citadini garantiu que o Timão arcará com os custos da obra, que contou com aporte financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que emprestou R$ 400 milhões à agremiação de Parque São Jorge e que tem de receber mensalmente as parcelas do acordo.

“Muitas coisas que foram feitas erradas serão descontadas e o clube pagará sem problema nenhum. O empréstimo do BNDES, os títulos…O Estádio será pago. O arquiteto (Aníbal Coutinho) também está ajudando muito, ele apontou todas as divergências com a construtora para avaliação”, acrescentou o cartola, integrante da oposição à atual diretoria encabeçada por Roberto de Andrade.

Antonio Roque Citadini ainda ressaltou que a dificuldade do clube em arcar com os pagamentos e encontrar um parceiro para adquirir os Naming Rights do estádio ocorre em função da crise econômica pela qual o Brasil vem enfrentando nos últimos anos.

“O Corinthians não vai dar golpe, vai pagar o que tem de pagar. Realmente, o país hoje é muito diferente da época da Copa do Mundo, os investimentos diminuíram, está difícil vender os naming rights. A crise está aí, o problema que existe com a construtora não é nosso, é com o noticiário”, concluiu Citadini, referindo-se aos casos de corrupção em que a Odebrecht se envolveu com membros do alto escalão da política nacional e que são amplamente investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal – inclusive, o presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, está preso em Curitiba desde junho de 2015.

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