Sem ter realizado nenhuma grande luta este ano devido a uma contusão já superada nas costas, o mato-grossense Lino Barros quer recuperar terreno na tentativa de realizar seu grande sonho: conquistar o título mundial dos cruzadores e se tornar a nova celebridade do boxe nacional. O lutador, que conta com apoio do Governo de Mato Grosso, através da Secretaria de Esportes e Lazer (Seel), aceitou o pedido de rescisão de contrato do manager norte-americano Johny Riy que estaria lento nas negociações de um bom combate.
Há três semanas, Lino Barros retornou a São Paulo e entregou as negociações de suas lutas para o promotor Arthur Pelulo (o mesmo de Popó) que a partir de agora é quem vai gerenciar suas ações. “Acho que agora fizemos a coisa correta. Com o Johny Riy a coisa não estava andando e o Pelulo é a pessoa mais indicada para quem está no Brasil”, disse Lino, que espera defender, ainda este ano, o cinturão Mundo Hispânico, título que ganhou em luta realizada em Cuiabá, diante do norte-americano Carl Andrew Kline.
O próximo passo de Lino será a defesa do cinturão Mundo Hispânico em luta que deve acontecer este ano em São Paulo. Ele pretendia realizar uma luta em Mato Grosso em dezembro, mas acredita que não terá tempo para a promoção. “Creio que ficará para o início do próximo ano”, disse o lutador que quer se apresentar em uma cidade do interior, como Sinop ou Rondonópolis. Por se considerar mato-grossense, Lino não abre mão de fazer outra luta no Estado, nos próximos meses.
Ainda em 2006, ele pretende realizar mais duas lutas importantes, até que possa desafiar o atual campeão mundial dos cruzadores. Hoje o lutador conta com apoio do amigo e empresário Rodrigo ‘Minotauro’, que o assessora. Ele segue treinando, em São Paulo.
Lino Barros mantém um cartel de 23 lutas, sendo 22 vitórias (21 por nocaute) e apenas uma derrota por pontos (nos Estados Unidos). Na categoria cruzador, ele fez sua estréia lutando em Várzea Grande, no ano passado e permanece invicto.
O pugilista lamenta que tenha perdido quatro meses devido a uma lesão na coluna, em conseqüência do pequeno desvio de uma vértebra. Ele chegou a ter receio de que não poderia mais lutar, mas fez bom tratamento e hoje se considera totalmente recuperado