terça-feira, 23/abril/2024
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Sintep abandona reunião, contesta governo e impasse continua

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Não houve consenso na primeira reunião entre os representantes do Governo Blairo Maggi e o Sintep, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público. As duas partes continuam divergindo em vários pontos, principalmente com relação ao índice de aumento salarial. Além disso, o Sintep não aceita a participação nos encontros dos representantes de outras instituições que participaram ativamente dos encontros realizados no ano passado e que gerou a conclusão de um aumento salarial na ordem de 6,13%, que, segundo o governo, corresponde a um aumento de 100% do INPC.
     
Logo após a curta reunião realizada na manhã desta quinta-feira, na Assembléia Legislativa e que contou com a participação do secretário estadual de Administração, Geraldo de Vitto e do presidente da AL, deputado estadual Silval Barbosa, o presidente do Sintep, Júlio Viana não escondia a frustração com o encontro e disse que o movimento deverá radicalizar ainda mais.
     
Ao falar sobre esta primeira reunião, Júlio Viana disse que o governo Blairo Maggi deveria responder porquê está se omitindo e negligenciando a lei complementar número 49 que estabelece que o Fórum Estadual de Educação é o único que tem legitimidade para tratar das questões da categoria. Segundo Viana, o encontro só poderia ser realizado com o Sintep, Assembléia Legislativa, Secretaria Estadual de Educação, Ame – Associação Mato-grossense dos Estudantes e Conselho Estadual de Educação. “Não vamos aceitar a interferência de outros segmentos’, disse com todas as letras.
     
Com relação a questão salarial ,que está gerando uma greve que entra em sua segunda semana, o sindicalista disse que para o professor recuperar as perdas salariais desde 1998 é preciso uma reposição na ordem de 20,24%. Segundo Viana, com esta reposição o salário de um professor de nível médio para 20 horas semanais passaria para R$ 750,00 e de um professor com nível superior iria para R$ 1.100,00. “Este valor que estamos pedindo é bem inferior àquilo que o governo de forma mentirosa, enganosa, vem repassando para a população. Pagam muito pouco e mentem que são os que melhores pagam no país. Estamos sendo claros ao mostrar o que queremos. Eles mentem”,disparou.
     
Júlio Viana disse que se ficar apenas na gestão Blairo Maggi a categoria também está perdendo e muito. Segundo ele, de janeiro de 2003, quando Maggi assumiu o governo do Estado até hoje, a inflação acumulada no período foi de 19,81 e a reposição concedida por este governo, incluindo os aumento de 6,13% é de apenas 14,12%. “Para assegurarmos as perdas do atual governo e esses 100% de INPC, como alegam, seria necessário um aumento de mais 11,27%. Portanto, o governo não cumpre o que fala”, diz.
     
Mas se Júlio Viana critica e mostra com números e valores que são sugeridos para os salários dos professores e avisa que o movimento paredista poderá continuar, o secretário de Administração, Geraldo de Vitto, contesta o sindicalista. Exaltado e irritado com a posição do Sintep, ele disse que o número oficial da inflação é o que o governo anunciou. “Não existe mascara. Não mentimos. Existem vários números de inflação. Mas o real é o nosso’, observou, lembrando que a única categoria que está recebendo desde janeiro o aumento de 6,13 é a dos professores. “As outras categoria são vão começar a receber após a aprovação da lei na Assembléia Legislativa’, explicou.
     
Para De Vitto, o Sintep está se posicionando de forma equivocada ao questionar a legitimidade do fórum. Segundo ele, o grupo foi convocado com todos os representantes e de todas as categorias. “O Sintep foi convidado, participou só da primeira reunião e se recusou a participar de outras reuniões. Eles só querem tumultuar”, disparou, ressaltando que o Sintep quer a exclusão de representantes legítimos dos trabalhadores no fórum, algo que o governo não aceita. “Não vamos aceitar isso. Na verdade não existia reunião paralela. Só trabalhamos com o grupo de trabalho”, completou.
     
De Vitto aproveitou para esclarece que o governo vai cortar os dias parados de todos os professores que estão em greve. “É a lei e vamos cumprir a lei”.
Apoiando claramente a posição do governo do Estado, o presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa, que participou do encontro disse que todos os segmentos que participaram do grupo de trabalho do ano passado tem legitimidade. Segundo ele o governo concordou em conversar com o Sintep, mas não aceita veto neste momento. “Não se pode excluir nenhum representante que participou no ano passado”.
     
Ele espera que o Sintep, que programou uma assembléia geral para segunda-feira, às 14, na Escola Estadual Presidente Médici discuta a situação e volte a trabalhar e grupo para que se possa chegar a um consenso. “Se o Sintep não aceitar não adianta ter grupo de trabalho. É preciso mostrar na Seduc onde pode haver condições para a melhoria salarial”, revelou.
     

Só Notícias utiliza, neste momento, tecnologia da empresa Sky Turbo, que proporciona acesso à internet via rádio utilizando o canal de entrada via satélite. As conexões via banda larga e discada em várias cidades do Nortão estão indisponíveis há várias horas devido a problemas com a Brasil Telecom.

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