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Sinop: acadêmicos querem Taisir e reitoria fora da Unemat

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A atual situação vivida pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e as decisões tomadas pela reitoria têm refletido diretamente no descontentamento da comunidade escolar. Ontem, em Sinop, em duas assembléias acadêmicas, os discursos por mudanças demonstravam a insatisfação da maioria dos dois mil estudantes.
Problemas financeiros, falta de orçamento, mudanças instituídas no calendário escolar, corte de bolsas, entre outros tópicos nortearam os debates. Acadêmicos aprovaram a elaboração de um abaixo-assinado, a ser encaminhado ao Ministério Público, pedindo a prestação de contas detalhada da universidade, por auditoria independente, a saída do reitor Taisir Karim e sua reitoria, homologação do congresso universitário, no qual foram aprovadas alterações no estatuto da Unemat, dando mais autonomia aos campi, entre outros tópicos.

Agora, acadêmicos mobilizam-se para colocar em prática todas as decisões. Em Alta Floresta e Cáceres já houve manifestos. Em Sinop, também devem ser feitos. “A universidade não tem capacidade de dialogar com o segmento acadêmico”, protestou um acadêmico do curso de economia. “Não temos culpa da pró-reitoria ter errado nos cálculos [do orçamento]”, emendou.

De acordo com o segmento escolar, a sociedade também está sendo afetada pelos problemas da instituição. Estudantes de terceiro ano do ensino médio serão chamados para discutir os impasses. “Eles são os próximos a entrarem aqui. Como vão querer estudar numa universidade desestruturada?”, questionou outro acadêmico.

A ausência do coordenador de campus Fiorelo Picoli na assembléia também foi motivo de cobrança pela comunidade. Na próxima terça, em Cáceres, estudantes dos campi da Unemat participam de uma nova assembléia geral, com professores, técnicos. Na quarta, o grupo deve ser recebido na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, pela comissão de Educação.

As mudanças estipuladas pelo reitor Taisir Karim foram tomadas, segundo ele, para contigenciar gastos. Com os remanejamentos, acadêmicos terão aulas aos sábados, o semestre encerrando em 3 de julho e recomeçando dia 13 do mesmo mês. As aulas estão previstas para terminar em novembro.

Até fevereiro, professores e técnicos devem receber a licença prêmio e também as férias normais. A reitoria justifica ser este um período de economia de dinheiro porque profissionais interinos não precisarão ser contratados na ausência dos efetivos. No entanto, o argumento não se mostrou forte para convencer acadêmicos.

A comunidade cobra também a apresentação, de forma oficial, de dados que apresentem o ‘rombo’ financeiro na Unemat. O orçamento da instituição foi aumentando nos últimos anos.

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