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Seduc apresenta proposta de política de educação para imigrantes

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A proposta de Política Estadual para Educação da População Imigrante em Mato Grosso foi apresentada por representantes da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT) ao Conselho Estadual de Educação (CEE), na reunião ordinária da entidade, ontem. O documento será analisado pelos conselheiros, que definirão uma proposta de criação de Normativa ou Resolução que, em seguida, irá para a homologação do secretário de Estado de Educação, Marco Marrafon, e inclusão em toda a rede.

“A Seduc identificou as populações imigrantes e entendemos que o primeiro passo é a humanização pela inclusão em uma educação acolhedora dessa pessoa. O nosso objetivo é realizar a acolhida especial, que é necessária nesse caso, em uma relação livre de preconceito de racismo”, afirmou a superintendente de Diversidades Educacionais da Seduc, Gonçalina Eva de Almeida.

Gonçalina explicou aos conselheiros que a proposta foi desenvolvida pela equipe da coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Seduc, vinculada à Superintendência de Diversidades. O documento surgiu da demanda na rede estadual que, apesar de matricular os estudantes imigrantes desde 2014, precisava de reestruturação no atendimento.

No início desta gestão, a matriz curricular nas escolas com a modalidade de EJA e nos Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas) com alunos imigrantes foi adaptada e as salas ganharam a presença do intérprete e professor integrador. A demanda cresce a cada dia que é divulgada a oportunidade de educação pela rede pública de ensino. Aumentam também as nacionalidades, sendo a mais recente a cubana, com quatro pessoas matriculadas.

Ainda na apresentação, o técnico da coordenadoria de EJA, João Bosco Correa da Costa, fez um contexto histórico da população imigrante do País, desde os portugueses, com os africanos em condições de escravos, até os haitianos que preferiam ficar em Mato Grosso ao aportar do Brasil e foram aceitos pela Escola Estadual Leovegildo de Melo.

Participaram da reunião representantes da Seduc, da EE Leovegildo de Melo, do CEJA Profa. Almira de Amorim, além de professoras naturais de Guiné Bissau, que se formaram em Português e Francês na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Até junho deste ano estão matriculados cerca de 500 alunos de seis nacionalidades: haitianos, bolivianos, russos, chineses, sírios e cubanos. Parte dos estudantes atendidos em escolas estaduais e Cejas nos municípios de Cáceres, Colíder, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop e Várzea Grande estão integrados nas salas de ensino regular. Destes, 289 frequentam as aulas da matriz específica, com maior foco na linguagem, auxiliados por um tradutor e professor integrador.

A técnica da Educação de Jovens e Adultos da Seduc, Antonieta Luiza Costa, explicou que para os imigrantes vencerem a primeira barreira, a comunicação, o foco da matriz específica é Linguagem. Esse atendimento pela Seduc já garantiu o ingresso de imigrantes no Ensino Profissionalizante ou Superior, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e mais estudantes que concluíram o Ensino Regular na rede estadual trabalham como intérpretes de francês e crioulo.

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