Uma das medidas apontadas pelo secretário de Estado de Educação Luiz Antônio Pagot para implementação do projeto “Meta Escola” será a utilização de monitores que atuarão dentro das escolas estaduais. Conforme afirmou o secretário nesta quinta-feira, em coletiva à imprensa, a Seduc está analisando, junto com a Secretaria de Estado de Administração, a possibilidade de utilizar os serviços de policiais militares, que estejam em período de folga, para atuarem como monitores nas unidades escolares, com remuneração.
Tal medida aproveitaria a permissão da nova Lei de Carreira da PM que possibilita ao policial exercer, em seu período de folga, outra atividade remunerada.
“Queremos aproveitar a lei de carreira que permite que os soldados que estejam de folga possam atuar em outros serviços remunerados, que sejam voluntários para ingressar nessa atividade, prestando a segurança nas escolas e atuando como segurança-monitor”, explicou o secretário Luiz Antônio Pagot.
Para que tal medida seja viabilizada, Seduc, Sad e Secretaria de Justiça e Segurança Pública, junto com a Polícia Militar, farão a análise da sugestão apontada.
META-ESCOLA
O projeto integra a parceria e a Seduc e o Comando Geral da Polícia Militar, que colocará à disposição das escolas da rede estadual de ensino os serviços de um policial militar. A ação faz parte do policiamento por metas segmentadas, implantado pelo comandante-geral da PM, coronel Adaildon de Moraes, com a intenção de realizar diagnóstico dos problemas de segurança pontuais e a implementação de metas para resolvê-los.
Além dos policiais militares exclusivos, as escolas também passam a contar com inspetores escolares. Segundo Pagot, os policiais militares começam a atuar a partir do dia 12 de fevereiro, início do ano letivo de 2007 da rede estadual de ensino.
O comandante-geral garante que o “Meta Escola” não prejudica o efetivo da PM, já que o policial atuará durante o seu plantão e na sua área, com um foco mais específico para a escola.
O projeto funcionará em uma ação integrada entre o policial militar designado à escola e a comunidade escolar. “O policial age como um pedagogo-social, um mediador de conflitos. A idéia é fazer com que o policial se envolva com a comunidade escolar. Com isso, assim que houver algum problema nas dependências ou imediações da instituição, ele será acionado”, explicou Adaildon.
O policial exclusivo – ou policial Meta Escola – visitará a escola e fará ronda em seu entorno por duas horas a cada plantão. Com isso, será possível que ele identifique os problemas de segurança enfrentados pela escola, delineando como meta acabar com eles. “O policial militar poderá trabalhar de forma ostensiva ou preventiva. Eles interagem de tal maneira que participam de reuniões de pais e mestres e proferem palestra sobre segurança, drogas e trânsito aos alunos”, observou o comandante-geral.
O projeto-piloto do Meta Escola foi aplicado em Rondonópolis e obteve índices satisfatórios de tranqüilidade e segurança nas comunidades escolares da cidade onde foi desenvolvido.