quinta-feira, 23/maio/2024
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Mato Grosso avança na formação da educação escolar indígena

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Após dois anos paralisados, a Secretaria de Estado de Educação, Esportes e Lazer (Seduc) retomou os cursos voltados ao público indígena. O Magistério Intercultural e o Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Emiep) contam com 1.075 indígenas matriculados. A expectativa é que até 2018 eles se formem como professores de Nível Médio e profissionais técnicos em Agroecologia e Meio Ambiente.

Para o reinício dos cursos, a Seduc investiu verbas próprias no valor de R$ 358 mil para o Emiep Indígena e regularizou a execução do Magistério Intercultural. O segundo acontece por meio de dois convênios federais, que podem investir mais de R$ 2,2 milhões para a habilitação de professores que já atuam nas aldeias.

A Superintendente de Diversidades Educacionais da Seduc, Gonçalina Eva de Almeida, afirma que os efeitos desses investimentos serão sentidos no decorrer dos anos após a formação. “Nas 69 escolas estaduais indígenas temos pelo menos 11 alunos por sala. Imagine quantas crianças serão beneficiadas com professores habilitados, como isso facilitará o acesso de todos nas aldeias, a mais ensino e melhorando qualidade de vida”.

Ela destaca que no caso do magistério, em especial, o Estado segue a orientação nacional de que o aluno estude na aldeia, dentro de um currículo específico até concluir a Educação Básica, com alfabetização na Língua Materna. Desta forma, profissionais para atender essa fase curricular são contratados na própria aldeia, mesmo sem habilitação. Assim, o magistério proporcionará um efeito imediato na valorização do profissional, por exemplo, com uma melhoria salarial e de autoestima.

O Emiep deve diminuir a deficiência no Ensino Médio e colaborar para que os estudantes desenvolvam técnicas de manejo e conservação das áreas onde os alunos residem, conhecimento que eles podem difundir entre todos da comunidade. Além do Emiep, nas escolas indígenas a matriz curricular aplica a Base Nacional Comum, mas também contempla os saberes tradicionais.

Por meio da Base Diversifica, são ensinadas disciplinas relacionadas à Ciência e Saberes Indígenas aos 10.242 alunos, com três componentes curriculares principais: Práticas Culturais e Sustentabilidade, Práticas Agroecológicas e Tecnologias Indígenas. Também são ofertadas disciplinas como a Língua Materna, Antropologia e Extrativismo, por exemplo.

Após dois anos de paralização, em 2015 foi realizada uma etapa de cada formação, Magistério Intercultural e Emiep Indígena. Enquanto esse ano, deve ser realizada a quantidade ideal de fases de formação, duas. Uma já aconteceu e a segunda é planejada para o segundo semestre. Entre 2012 e 2014, apenas uma etapa do Magistério e do Emiep aconteceram.

No Magistério Intercultural a formação é realizada de forma intermediária (com acompanhamento pedagógico nas unidades) e presenciais, realizadas em Cuiabá ou em polos regionais.

Na última segunda-feira (2) foi realizada a primeira etapa presencial do Magistério Intercultural em Tangará da Serra na Aldeia Rio Verde, na Escola Estadual Indígena (EEI) Malamalali. A próxima unidade a receber a fase presencial é a Komomoyea Korovôero de Matupá na Aldeia Iriri Novo.

Enquanto a fase presencial do Emiep Indígena é realizada desde o início de abril, em turmas distribuídas em escolas estaduais e indígenas, nos municípios de Aripuanã, Brasnorte, General Carneiro, Barra do Garças, Campinápolis, Gaúcha do Norte, Feliz Natal, Colíder, São José do Xingu, Rondolândia e Matupá.  

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