O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) destaca que mantém diálogo constante com os estudantes que ocupam escolas públicas do Estado. Mais de dez encontros foram contabilizados para tratar da pauta dos estudantes.
Desde meados de maio, quando começou o movimento, a Seduc trabalha com base no diálogo para resolver a questão, sem que qualquer ação na Justiça fosse impetrada para garantir a reintegração de posse das unidades escolares.
Também neste período, o secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, se encontrou diversas vezes com os estudantes para discutir a implantação das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para a construção de novas unidades escolares.
No período, o governo cedeu em diversos pontos do projeto para satisfazer aos pedidos dos estudantes. Entre eles, as PPPs não abrangerão o setor pedagógico das escolas. Além disso, a parte de reformas foi excluída da proposta, que passa a abranger a construção de 50 unidades escolares.
Com isso, a Seduc atendeu às principais reinvindicações de responsabilidade do Poder Executivo Estadual. Mesmo assim, os líderes do movimento que ocupam as escolas e que invadiram o prédio da Seduc foram atendidos pelo secretário-adjunto de Políticas Educacionais, Edinaldo Gomes de Sousa.
Hoje, o governo conseguiu a desocupação da Seduc firmando um termo de compromisso com a Associação Mato-grossense dos Estudantes e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.
O documento prevê que os estudantes terão uma cadeira na Comissão Interinstitucional de diálogo sobre educação; os estudantes também terão uma agenda semanal com a Seduc visando o fortalecimento do diálogo e a Seduc também garantiu inserção da categoria de apoio administrativo e técnico administrativo no concurso público que terá edital lançado ainda neste ano. Além disso, o diálogo sobre a implantação das PPPs nas escolas públicas vai continuar.
Segundo a assessora especial da Seduc, Flávia de Oliveira Pires, o documento assinado nesta segunda-feira aponta um avanço no diálogo e demonstra a postura participativa da Educação. “Cada linha desse documento foi pensada em conjunto”, destacou, por meio de assessoria.