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Estado tem 150 escolas estaduais com projetos de educomunicação

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Projetos de educomunicação nas escolas da rede estadual de ensino vem contribuindo para a construção de espaços comunicativos, no qual o estudante desenvolve habilidades que passam a intervir na sua vida social e comunitária. São diversas as experiências desenvolvidas que demonstram a eficácia do uso das tecnologias no aprendizado dos alunos. O projeto Educomunicação: Cultura Científica, outros saberes e cotidiano escolar, conduzido pela Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), já alcança cerca de 150 unidades escolares e a expectativa é de expandir a cada ano.

Entre as atividades estão rádio escolar, fotografia, produção de vídeos, tecnologias educacionais, ambiente de redes sociais, robótica educacional até histórias em quadrinhos. “As ações agem de maneira muito pessoal em cada estudante. É comum perceber melhoria na forma do aluno de se expressar, escrever e ser mais participativo”, aponta a coordenadora de Projetos Educativos da Seduc, Mariana Máximo, ressaltando que além disso, existe uma preocupação em utilizar essa metodologia como forma de promover ações que interfiram em problemas sociais circundantes a escola.

A Escola Estadual Boa Esperança, em Curvelândia, na região oeste do estado, é um exemplo. Sob comando do professor Aldemir Pedro Fernandes, aproximadamente 50 alunos, do 6º ano ao 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio, gerem a Rádio Recreio. A programação exclusiva – que vai ao ar em todos os intervalos – é desenvolvida, desde o roteiro, produção e apresentação, pelos próprios estudantes. Projetos escolares e da cidade dos quais a escola é parceira, como por exemplo os projetos Prinart e de Combate à Dengue, também viram pauta. O governador Pedro Taques já foi entrevistado pelos jovens, quando visitou a escola no ano passado.

A rádio funciona desde 2013 e a estrutura básica é fornecida pela escola: microfones, caixas e mesa de som, com seis saídas, computador e DVDs. Além disso, paralelamente, estudantes realizam o registro fotográfico e filmagens (a unidade conta com câmera e filmadora, tripé, etc.) de todos os eventos que a escola participa e executa. O resultado pode ser conferido em datas especiais, quando são realizadas exposições, murais e projeções para toda a comunidade escolar.

A estudante Camila Eduarda dos Santos, do 3º ano do ensino médio, faz parte de uma equipe que produz as pautas, faz locução e escolha das músicas. “Após a implantação do projeto da rádio, os intervalos ficaram mais atrativos, interessantes, aproximou os alunos, porque antes cada aluno ouvia suas músicas nos fones de ouvidos e não havia interação entre nós. Hoje, todos curtem as músicas, fazem pedidos, e os colegas são ouvintes assíduos”, comemora a adolescente, lembrando que a programação conta com as melhores músicas do momento, notícias atuais e mensagens de motivação e informações pertinentes ao que está acontecendo no mundo. “A rádio transformou os recreios em um espaço de cultura”, enfatiza.

O professor Aldemir Pedro Fernandes aponta que o objetivo é o desenvolvimento de atividades interdisciplinar (língua portuguesa, língua inglesa, artes e inglês). “É perceptível a evolução dos alunos que participam do projeto, a rádio recreio oportuniza a prática da oralidade, a escrita e estimula a criatividade. É um canal de comunicação utilizado por toda comunidade escolar.

A leitura e a produção das pautas, a utilização da oralidade, desperta no aluno o gosto pela linguagem, que melhora a sua fala e escrita, além de ter uma visão mais ampla de mundo”, argumenta, destacando que as ferramentas tecnológicas disponíveis da escola tais como laboratório de informática, data show, notebook e internet são instrumentos indispensáveis para o planejamento e execução nas aulas.

Outra unidade que desenvolve projetos de educomunicação é a Escola Estadual Antônio Ferreira Sobrinho, em Jaciara. Estão inseridos diretamente cerca de 80 jovens, que são instigados a planejar, discutir os temas que devem ser abordados, e produzir conteúdo para jornal, mural, blog e rádio escola.

A maior incentivadora é a professora de Língua Portuguesa e coordenadora dos projetos, Elisângela Lopes de Lima. Mesmo afastada para qualificação de mestrado, desde março, ela ainda acompanha os trabalhos desenvolvidos pelos alunos e, agora, pela professora de História Nara Liane. A Rádio Escola AFS é variada e conta com programas especiais em datas comemorativas, incluindo apresentações artísticas ao vivo, sorteio de brindes e homenagens aos aniversariantes do mês. Ela opera durante o intervalo, oferecendo aos alunos, aprendizagem com muita música, textos, mensagens religiosas e informes institucionais.

O estudante André Genoatto, do 2º ano do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, é um dos participantes. Ele atua como sonoplasta e locutor da rádio AFS e acredita que o projeto é importante pois envolve os alunos diretamente na produção de conteúdo. “É uma possibilidade de despertar o interesse por novos conhecimentos, novas práticas e ações de intervenção social”, avalia.

De acordo com a diretora da unidade, Luciana França de Moraes, os projetos propõem debates sobre assuntos como arte, cultura e política com base na educomunicação, que ganha espaço dentro e fora da sala de aula e busca desenvolver o senso crítico e as habilidades comunicativas da comunidade escolar. “Garante que as iniciativas possibilitam a criação de um ambiente de aprendizado, onde seus participantes têm a oportunidade de vivenciar experiências de pesquisa e produção”.

A gestora lembra que outra iniciativa do Educomunicação está prestes a sair do forno. Trata-se da primeira edição do jornalzinho da escola, o Papas na Língua, que entra em circulação os próximos dias. “O projeto é desenvolvido pelos alunos, com apoio de professores, desde textos, fotos, entrevistas, edição”.

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