As escolas dos assentamentos da reforma agrária, Zumbi dos Palmares, Keno e 12 de outubro, todas em Cláudia (90 quilômetros de Sinop), estão com dificuldades para iniciar o ano letivo devido a problemas na estrutura das unidades. A informação foi confirmada pelo diretor da escola Florestan Fernandes (12 de outubro), Adilson de Jesus Santos. Ele afirmou ao Só Notícias que aguarda “a liberação de um recurso de R$ 28 mil, repassado pela empresa responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica Sinop (UHE), e que precisa da autorização do prefeito”.
De acordo com o diretor, a estrutura das escolas está danificada e as aulas, que estavam marcadas para começar nesta segunda-feira, (23), não têm data para iniciar e cerca de 600 alunos (somente na escola Florestan Fernandes) serão prejudicados. “Nossa unidade foi construída em 2010 e, desde então, estamos esperando esta reforma, porque a construção de um novo prédio, que deve custar R$ 2,4 milhões, a gente entende que é burocrático e deve demorar. Entretanto, o que a gente busca é pelo menos a reforma. Se houver um vendaval, a escola vai cair na cabeça dos alunos”, apontou Adilson.
Os assentados pretendem fazer uma manifestação no centro de Cláudia, na segunda-feira. “As estradas estão intrafegáveis e os ônibus não conseguem levar os alunos. Além disso, a prefeitura ainda não fez a licitação para contratar as empresas de ônibus. Então, nosso objetivo com a passeata, é a situação de precariedade e abandono dos assentamentos. A gente quer continuar no campo, mas para isso precisamos do apoio dos governos e da sociedade”, afirmou.
O assentamento 12 de outubro fica em uma área que será alagada em decorrência das obras da usina, por isso receberá uma compensação financeira.
O outro lado
O prefeito João Batista (PSD) não foi localizado, via telefone, para comentar o assunto.