Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (15/12), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) definiu a data de retorno das atividades acadêmicas para a próxima segunda-feira, conforme indicativo de suspensão da greve, pelos docentes, e o início das aulas dos cursos de graduação, dia 16 de janeiro de 2006. ´´Nos próximos dias a Pró-Reitoria de Graduação vai propor a discussão do detalhamento do calendário“, observou o vice-reitor no exercício da Reitoria e presidente do Consepe, Elias Alves de Andrade. O calendário da pós-graduação é específico e não sofreu alteração, explica pró-reitora de Ensino de Graduação, Matilde Crudo.
Três propostas de datas de início das aulas foram votadas – a da Administração, dia 02 de janeiro, e duas apresentadas por conselheiros – 09 e 16 de janeiro, tendo sido aprovada a última, com 16 votos dos 32 presentes. Houve duas abstenções. A previsão, com esta data de início, é que o segundo semestre de 2005 termine no final de abril, completando cem dias letivos.
A polêmica, durante a reunião, foi a definição das férias docentes, cujo Sindicato reivindicava 30 dias direto. Ficaram definidos 15 dias em janeiro e os restantes a serem detalhados na discussão do cronograma letivo. De acordo com o presidente da Adufmat, Carlos Eilert, a lei prevê 45 dias de férias, divididos em 30 e mais 15 dias. A conselheira Maria Benício, professora do Instituto de Educação, argumentou que ´´as férias fazem parte do planejamento, mas o que baliza esse planejamento é a natureza do trabalho que desenvolvemos´´. Reconheceu o direito à greve, mas assinalou os ´´compromisso e os deveres, como trabalhadores e como cidadãos, que precisam ser cumpridos´´.
O conselheiro discente, Gilsom Mendes, de Rondonópolis, considerou que o retorno em janeiro não prejudica os estágios, pois os alunos das licenciaturas não os programam para esse período, quando as escolas estão em recesso escolar, e os que o fazem em empresas têm facilidade de inserção em janeiro. Para Roni de Paula, coordenador do DCE, a discussão foi ´´importante para definir o melhor prazo para os professores tirarem férias sem que prejudique os estudantes´´.