A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto de Educação – Grupo de Pesquisa Estudos de Filosofia e Formação (EFF), Fundação Uniselva e parceiros deram início, ontem, ao XVIII Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (Endipe). A cerimônia de abertura, realizada no Centro de Eventos do Pantanal, contou com a presença de autoridades e pesquisadores como o professor e escritor José Carlos Libâneo, um dos maiores pensadores brasileiros que tem dedicado todo o seu tempo a refletir sobre a formação de docentes.
A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, ressaltou as dificuldades de se construir um evento com esse nível de discussão e da democratização do acesso à educação. “Acompanhei as angustias e os medos dos organizadores desse grandioso evento, pois não é simples realizar um encontro dessa natureza e com esse porte, parabéns aos organizadores. Desse Endipe espero que tenhamos nossa coragem reavivada, a nossa luta determinada para que possamos enfrentar o futuro, não muito significativo, para todos nós, quando vemos as políticas educacionais construídas ao longo dos anos sendo questionada no ponto de vista do próprio segmento”.
Ainda destacou a importância do Endipe na inclusão, na democratização de acesso, da liberdade e laicidade nas escolas, “O encontro é importante no processo das formações dos professores, e renovando a energia para que continuemos na luta incessante pela qualidade, inclusão e democratização da educação, espero que consigamos sair com propostas importantes para que nós retornarmos o caminho da educação brasileira que desejamos, e tem grande significado para a população do país”, pontuou a reitora.
De acordo com o secretário adjunto de Política Educacional da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), parceira do evento, Edinaldo Gomes de Sousa, o Endipe é de extrema relevância, sobretudo para as práticas docentes da rede estadual de ensino. “Temos que enfrentar as ausências de metodologia e de didáticas – o que de fato irá atrair a atenção dos alunos e o gosto pelo processo de ensino e aprendizagem”, afirmou.
Para ele, o encontro vem para contribuir com as práticas docentes em sala de aula, já que objetiva a socialização de resultados de estudos, pesquisas e práticas. “Constitui-se, portanto, em um espaço privilegiado de trocas de experiências, de articulação de grupos, de questionamentos, de novas ideias e de novas reflexões”.
O encontro conta com uma programação intensa, com 30 simpósios, quase 300 painéis, 500 apresentações de pôsteres, conferências, lançamentos e uma feira de livros com estandes de várias editoras. Mais de três mil pessoas são esperadas no evento, que ocorre até sexta-feira (26).
Com início todos os dias a partir das 8h30, com os Simpósios, distribuídos de acordo com o eixo temático. Logo após, começam as sessões de painéis, das 10h40 às 12h30 com intervalo para o almoço e continua no período da tarde, a partir das 13h20, com novas sessões de painéis que transcorrem até 19h20.
As sessões de pôsteres serão realizadas das 18h20 às 19h20 e em seguida, às 19h30 começam as conferências ou sessões especiais. A previsão de encerramento da programação é para 21h30.
Nos pôsteres e painéis ainda serão abordados temas como ‘as redes sociais e a influência que causam no comportamento dos jovens na escola’, educação a distância, formação docente: o chão da escola como formativo entre saberes e fazeres.
Um dos trabalhos vai falar sobre Desafios da Docência: um olhar sobre a Educação Básica segundo os professores da Escola Estadual 19 de Maio, de Alta Floresta.