Alunos da escola Jorge Carlos Ferreira, do assentamento Pontal do Marape, distante cerca de 150 quilômetros de Nova Mutum, estão desenvolvendo há cerca de 1 ano, um trabalho de reflorestamento das nascentes de rios localizados no assentamento.
A professora Maria do Carmo, uma das coordenadoras, explicou que todo o processo de produção das mudas é feito pelos estudantes, que buscam na mata as sementes das árvores nativas, em seguida fazem as mudas e depois plantam nas nascentes. Atualmente, estão estocadas cerca 15 á 20 mil mudas no viveiro da escola.
Foram encontradas aproximadamente 150 nascentes de rios degradas no assentamento. A maioria delas serve para matar a sede do gado, que pisoteia e destrói a cabeceira do rio. Por isso, os pecuaristas e produtores precisam construir um corredor para que o gado beba água, mas não destrua ainda mais a nascente. Maria ressaltou que alguns produtores ainda estão resistindo e se negam a construir o corredor e permitir o reflorestamento. Mas, isso não impedirá que o trabalho dos alunos continue.
O projeto surgiu de uma pesquisa interna feita na escola sobre as necessidades ambientais do assentamento. A turma concluiu que a prioridade era recuperar as nascentes degradas pela ação do homem. O projeto rendeu á escola destaque estadual.
Depois de se classificar entre os seis melhores na fase regional da “1ª Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação”, a escola participou da fase estadual em Cuiabá, e aguarda o resultado para fase nacional que acontece em Brasília, ainda sem data marcada.