A Usina Termelétrica de Cuiabá "Governador Mário Covas" volta a funcionar no próximo dia 12 de setembro. A afirmação foi feita pelo governador Silval Barbosa, durante coletiva de imprensa realizada, hoje, no Palácio Paiaguás. De acordo com Silval, no dia 5 de setembro, no Rio de Janeiro, será assinado o último contrato entre a Petrobrás, Governo Boliviano, e a Pantanal Energia selando um acordo para que seja dado início à distribuição de 2,2 milhões de m³/dia de Gás Natural em um primeiro momento. O novo contrato dá à Petrobrás a concessão da distribuição do Gás para o funcionamento da Usina pelo período de dois anos. A quantia, segundo o governador, é suficiente para retomar o funcionamento da usina, desativada desde agosto de 2007, que pode produzir até 480 megawats, e suprir a demanda de 60% do Estado de Mato Grosso.
Durante a coletiva, Silval Barbosa afirmou que o acordo foi fruto de um processo de articulação política entre o governo do Estado, governo federal, e a Pantanal Energia. "Temos acompanhado há um bom tempo essa situação e traçado estratégias para a retomada das atividades da usina. Hoje chegamos ao final deste impasse, com atenção especial do governo federal, que reviu os contratos assinados, até então, pela União e governo boliviano, que fornece o combustível".
O secretário Pedro Nadaf complementou que desde a paralisação das atividades da Usina, o Estado determinou como política de governo a solução do impasse. "Foram realizadas várias viagens à Bolívia com o objetivo de estabelecer um acordo com o governo boliviano para que a Termelétrica volte a funcionar", disse. Nadaf destacou que o acordo é exclusivo para o funcionamento da Usina, mas que este processo pode se ampliar à distribuição inclusive de Gás Natural Veicular (GNV), que tem contrato sólido de dez anos entre governo do Estado e a Bolívia.
O representante da Pantanal Energia, Fábio Garcia, agradeceu o empenho do Estado para que o novo acordo fosse possível. "Era uma situação complexa que demandava um alinhamento entre várias instâncias, respeitando vários interesses para que se chegasse a um consenso. Conseguimos com isso a retomada da segurança energética ao Estado, com a possibilidade de inserir definitivamente o Gás Natural como matriz energética em Mato Grosso", finalizou.