A inflação para os consumidores de menor renda familiar (até 2,5 salários mínimos) apresentou em fevereiro variação de 0,45%, passando a acumular alta de 1,17% no ano. O dado se refere ao Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). O índice mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais.
Nos últimos doze meses (a taxa anualizada), o índice acumula variação de 5%. A variação de 0,45% de fevereiro é 0,21 ponto percentual inferior ao Índice de Preços ao Consumidor para o total das famílias brasileiras (IPC-Br) que, em janeiro, registrou alta de 0,66%; é também 0,95 ponto percentual inferior ao IPC-Br dos últimos doze meses (5,95%).
Segundo o Ibre, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: alimentação (0,80% para 0,47%), despesas diversas (3,80% para 1,14%), educação, leitura e recreação (2,99% para 0,39%) e habitação (0,56% para 0,47%).
Nestes grupos, ainda segundo o Ibre, os destaques partiram dos itens: carnes bovinas (1,75% para 0,57%), cigarros (6,59% para 1,69%), cursos formais (9,29% para 0,00%) e aluguel residencial (0,84% para 0,49%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos saúde e cuidados pessoais (0,24% para 0,48%), vestuário (-0,28% para 0,11%), transportes (0,30% para 0,39%) e comunicação (0,13% para 0,28%).