O vírus Influenza A (H1N1) está circulando em Cuiabá e o número de pessoas infectadas deve aumentar. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registrou neste mês 6 casos confirmados da doença em pessoas que não estiveram em áreas endêmicas e também não mantiveram contato direto com pacientes da gripe suína. Enquanto a situação se agrava na Capital, a contaminação pela gripe suína no Brasil diminui pela quarta semana consecutiva, segundo o Ministério da Saúde.
O diretor da Vigilância em Saúde e Ambiente do município, Wagner Simplício, explica que os 6 casos apontam para a transmissão sustentável do vírus (transmitida facilmente de pessoa para pessoa), encerrando a fase 1 da doença e iniciando a fase 2 em Cuiabá, que poderia ser ilustrado como um "sinal amarelo" da gripe.
Conforme o Protocolo de Manejo do MS, são feitos exames somente em pacientes graves e em quem faz parte do grupo de risco (grávidas, crianças com menos de 2 anos, idosos e pessoas imunodeprimidas). Até o momento, Cuiabá teve 158 notificações de Influenza A (H1N1), incluindo os casos do interior que foram atendidos no município. São 21 confirmações (18 na Capital e 3 do interior), 32 suspeitos, 92 descartados e 14 exames positivo para Influenza Sazonal.
Simplício explica que os dados atuais ainda não apontam para uma situação de emergência, porém não está descartado que a situação se agrave. O diretor destaca, que caso seja necessário, as escolas e locais de aglomerações de pessoas serão orientadas a mudar o comportamento para evitar a propagação da gripe suína. O grande enfoque do Comitê Municipal de Enfrentamento do Influenza A é para a prevenção da doença. A coordenadora Ivanete Fortunato orienta ainda as pessoas que apresentarem os sintomas a buscarem orientação médica nas unidades de saúde pública ou particular. Ela destaca que os médicos, enfermeiros e técnicos foram capacitados e têm informações para atender os pacientes.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Luiz Carlos Alvarenga, mesmo com a greve da categoria, quem apresentar sintomas graves da doença será atendido pela rede pública. A orientação do sindicato é para que os pacientes sejam assistidos em caso de urgência e emergência.