O que emperra o desenvolvimento das micro e pequenas empresas em Mato Grosso e acaba levando elas à informalidade é a alta carga tributária. A afirmação é do presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado (Sindipan-MT), Luiz Garcia, que também é diretor da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). Ele representou a entidade e o setor de panificação do Estado na audiência pública realizada para debater e esclarecer sobre a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (MPE”s).
Garcia conta que são aproximadamente 2 mil empresas de panificação no Estado e 90% delas são micro e pequenas. Para o empresário outros itens que devem ser resolvidos o mais breve possível, não apenas pela Lei Geral, mas a partir de outras ações, é com relação ao acesso ao crédito e à carga tributária. Ele afirma que quando o micro e o pequeno empresário vai aos bancos solicitar empréstimos eles não são atendidos. E quando isso acontece são pedidos muitos documentos, “o que faz com que muitos desistam”.
Outra reivindicação do setor de panificação é com relação aos juros, que na avaliação do presidente, deveriam ser subsidiados e o prazo para carência deveria ser de pelo menos seis meses, no caso de empréstimos destinados ao capital de giro.
O proprietário de farmácia, Orivaldo Júlio Alves, também participou da audiência pública. Ele diz que o estabelecimento dele já está enquadrado no Simples Nacional e que isso trouxe vários benefícios, entre eles a redução da carga tributária. “Mas poderíamos ter um encargo menor diante de ações implementadas pelo Estado e município no sentido de reduzir os impostos”, considera o empresário ao informar que têm seus empregados e com a adesão ao Simples Nacional conseguiu reduzir os encargos trabalhistas.(FR)